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Sou simples, honesto, sincero, dedicado, carinhoso, compreensível e de muita fé em DEUS. Sou católico, Professor formado em Educação Infantil, pelo curso de formação de docentes do C.E.P.E.M (Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis) de Missal - PR, formado em Geografia (licenciatura) pela UNIGUAÇU – FAESI, e Pós - Graduado em Educação Especial e Inclusiva.

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Resenha do 1° Capítulo do Livro "Ecos da Marselhesa"



UNIGUAÇU – UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DO IGUAÇU LTDA.
FAESI – FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SÃO MIGUEL DO IGUAÇU
ISE – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GEOGRAFIA OITAVO PERÍODO
História moderna e contemporânea



RESENHA SOBRE O PRIMEIRO CAPÍTULO DA OBRA “ECOS DA MARSELHESA. DOIS SÉCULOS REVÊEM A REVOLUÇÃO FRANCESA” DE ERIC HOBSBAWM.


ANDERSON JOSÉ BENDER

Trabalho de graduação apresentado à disciplina de História moderna e contemporânea da Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu, sob orientação do Professor Rodrigo Piovesana.







SÃO MIGUEL DO IGUAÇU
2013



CAPÍTULO I – UMA REVOLUÇÃO DE CLASSE MÉDIA (páginas 17 a 46).

O autor da obra busca inspirações para refletir e escrever o livro trabalhando todo um contexto histórico da Revolução Francesa, argumentando que de 1789 à época do livro em 1989 teve-se um excelente material de pesquisa e produção, ou seja, uma bibliografia extensa rica em informações. Com isso, entende-se, que a Revolução Francesa foi fundamental, deixando em suas heranças, as marcas na história contemporânea, sendo a base no cenário da literatura dos romancistas.
De acordo com o autor, a revolução francesa passou a ser interpretada de várias maneiras, muitas vezes por razões políticas e ideológicas. Entretanto, com todas as variações de interpretação, duas coisas sempre são vistas em comum como que, “havia uma crise na velha monarquia que, em 1788, levou os Estados Gerais que eram representados pelo CLERO, NOBREZA e o “RESTO”, a serem convocados pela primeira vez desde 1614 a uma assembleia”.
A partir desse ponto, não se obteve mais acordo e, houve a transformação da assembleia constituinte que revolucionou o país.
Outro ponto visto em comum nas várias interpretações são os “fatos da dupla radicalização da Revolução depois de 1791 que levou a guerra no ano seguinte, entre França revolucionária e a coalizão de potências estrangeiras”.
Outro marco conhecido mundialmente relacionado à Revolução Francesa foi o período da revolução Jacobina de 1792 a 1794 que ficou conhecida como o “Terror” que se estendeu de 1793 até 1974.
Após essa etapa, a Revolução Francesa teve outros pontos de destaque como o Dezoito Brumário de 1799. Este surgiu depois dos cinco anos de respaldo político. Foi nessa época que surge a figura de Napoleão Bonaparte. A partir desse ponto, segundo Hobsbawm (1996) muitos historiadores dão por fim a Revolução Francesa. Entretanto, esse acontecimento ainda se estendeu por mais algum tempo pelo menos até que Napoleão se declarou imperador em 1804.
A Revolução Francesa ao longo dos anos se apresenta de inúmeras maneiras. Para uns, representa apenas um episódio na história, para outros, foi um importante acontecimento desde a queda do Império Romano. Mas, o que se entende é que na verdade, a Revolução Francesa foi um ato que mudou o continente onde surgiu. 

Mas a Revolução Francesa “abruptamente e com força irresistível, convulsionou o continente onde nasceu. Também lançou seus raios em outros continentes. Desde que surgiu, tem sido virtualmente o único objeto a ser considerado na cena da história mundial”. HOBSBAWM (1996, p. 20).

A Revolução Francesa também trouxe, todo um contexto de heróis e vilões se tornando um espetáculo para a história, sendo explorada com ideologia política nos século XIX e XX.
Na visão do autor, mesmo havendo tantos argumentos, a Revolução Francesa se resume em uma revolução necessária para o desenvolvimento histórico e para a transferência de poder de uma classe para a outra.
A partir do momento em que o autor analisa o posto dos burgueses frente à conquista que tiveram, nota-se que os mesmos não queriam o poder para comandar o Estado e sim, para reformar as instituições do reino. Isso se explica porque o terceiro estado (o povão) estava cansado de ser manipulado e explorado pelos nobres que eram a minoria.
Após a Revolução, o poder popular não durou até porque, o objetivo já havia sido conquistado e a velha sociedade já se encontrava destruída dando lugar ao império.
Outro ponto importante da Revolução Francesa foi que, quem antes estava em condições baixas de pobreza se sobressaiu e fez com que séculos mais tarde os descendentes da classe do terceiro estado possuíam grandes formações e cargos importantes perante a sociedade como aponta Hobsbawm (1996, p. 32) quando fala que “essa classe incluía advogados, médicos, pessoas letradas de todos os tipos e todos os magistrados locais: A burguesia tomou forma ao longo do tempo e foi formada por elementos variados”.
Após esse período de turbulências, a Revolução Francesa passou a ser alvo de críticos e estes, passaram a buscar teorias que justificassem a revolução. Tais críticas surgem, pois, até mesmo os membros do terceiro estado (o povão) se surpreenderam com a Revolução e com a conquista obtida. Claro que os que se surpreenderam, eram os mais “privilegiados”. Dessa maneira, muitos alegaram que a Revolução Francesa foi algo “desnecessário” e que a evolução pós-revolução seria algo natural e teria acontecido com ou sem revolução, principalmente a evolução do século XIX.
Entretanto, quem realmente conhece bem o assunto e tem um senso de visão profunda na evolução da história, sabe bem que, a Revolução Francesa foi fundamental e como afirma Eric Hobsbawm (1996, p.41) “os liberais da Restauração, embora amedrontados por muito do que aconteceu em seu país, não rejeitaram a Revolução Francesa nem foram seus apologistas”.
O autor coloca ainda dentro desse pensamento que a Revolução Francesa foi um fato tão forte e de suma importância que muitos dos liberais não recusaram nem mesmo a parte da revolução que foi indefensável.

Nada é mais surpreendente sobre os liberais da Restauração do que sua recusa em abandonar mesmo aquela parte da Revolução que era indefensável em termos liberais, que os liberais não queriam defender, e que de fato os liberais tinham derrubado: o jacobinismo de 1793-1794. A Revolução Francesa que eles desejavam preservar era aquela de 1789, a da Declaração dos Direitos do Homem. HOBSBAWM (1996, p. 42).


Assim, os liberais da Restauração assumiam que no final das contas, os crimes da Revolução Francesa no período jacobino, valeram a pena, assim como todos os outros ocorridos em toda a Revolução.
Analisando bem esse primeiro capítulo do livro o qual foi resenhado e, baseando-se em aulas de história que se teve direcionado ao assunto, percebe-se que mesmo com as muitas críticas que a Revolução tenha recebido, ela foi o ponto de partida para a libertação de um povo sofrido que tinha sonhos e que buscava viver com dignidade, fazendo jus ao seu trabalho. Infelizmente assim como em outras revoluções, essa liberdade custou muitas vidas e, muito sangue foi derramado.
De forma geral além da conquista de um povo humilde, tem-se a Revolução Francesa como um marco na história da humanidade onde, se mostrou e comprovou que a união de um povo em favor de uma causa pode ser muito mais forte do que a força política de um governo, fazendo com que a Revolução Francesa, se tornasse um exemplo de inspiração a muitos movimentos que aconteceram pós Revolução, sempre objetivando a liberdade e a justiça igualitária em favor de todos.

REFERÊNCIA

HOBSBAWM, Eric. Ecos da Marselhesa, dois séculos reveem a Revolução Francesa. São Paulo, ed. Companhia das Letras, 1996.  Tradução: Maria Celia Paoli, 157p.

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