UNIGUAÇU
– UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DO IGUAÇU LTDA.
FAESI
– FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SÃO MIGUEL DO IGUAÇU
CURSO
DE PÓS-GRADUAÇÃO.
Relações
interpessoais no ambiente de trabalho, motivação e dinâmica de grupo.
ANDERSON
JOSÉ BENDER
JOSIANE
SIMIÃO DA S. STORCHIO
MARCOS
GARLINI
VANESSA
DE SOUZA
GRUPO TEMPORÁRIO
Trabalho apresentado à disciplina de
Relações interpessoais no ambiente de trabalho, motivação e dinâmica de grupo da
Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu, sob orientação do
Professor: Esp. Ana Paula Cossmann.
SÃO MIGUEL DO IGUAÇU
2014
1 INTRODUÇÃO
A sociedade a cada ano
cresce de uma maneira assustadora. Atualmente já são mais de 7 bilhões de
pessoas no mundo que exigem sempre mais uma das outras. Essa exigência acontece
desde fatores econômicos até os fatores pessoais.
Cada um desses fatores
necessita de algo a mais para poder funcionar regularmente e, é dentro dessa
questão que se encaixam os grupos temporários que tem por objetivo atender as
necessidades excedentes da humanidade tanto nos aspectos sociais como também
nos aspectos econômicos que estão envoltos na sociedade.
O termo mais simples que pode
definir um grupo temporário, se resume nas palavras de Esopo (620 a. C.)[1] “a
união que faz a força”, pois, geralmente um grupo temporário se forma a partir
da união de um grupo que tem por objetivo alcançar força suficiente para
resolver determinado problema.
Assim, este trabalho visa
contribuir para um melhor entendimento sobre o assunto em pauta, preocupando-se
em esclarecer de forma clara e simplificada cada vertente que envolve um grupo
temporário bem como, a finalidade de cada um dos grupos descritos neste
trabalho.
A
referida pesquisa, aqui ora relatada, teve uma metodologia teórica
bibliográfica extraindo informações da internet, artigos e livros. Como explica Colunista (2013) “Este
tipo de pesquisa faz uma análise de determinada teoria, sempre utilizando
embasamentos teóricos para explicar a pesquisa que está sendo levantada”.
O
presente texto relato da pesquisa está escrito no seguinte sentido: além desta breve introdução, o trabalho apresenta
os conceitos, definições, vertentes e organizações sobre o grupo temporário.
2
GRUPO TEMPORÁRIO CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Ao se falar em grupo
temporário, a primeira percepção que vem à imaginação é a de um grupo de
indivíduos que ficam reunidos por um determinado tempo. Na verdade, a ideia de grupo temporário
pode-se direcionar a vários fatores como: estudos, atividades recreativas,
reuniões, questões de trabalho, encontros religiosos e de autoajuda, entre
outros.
Para ROBBINS (2005, p.186)
“um grupo é definido como dois ou mais indivíduos interdependentes que se
reúnem visando à obtenção de um determinado objetivo”, podendo ser grupos
formais ou informais. Os grupos formais, segundo CHIAVENATO (2005, p.280) são estabelecidos
pelas organizações, que atribui tarefas especificas a eles, tendo como
finalidade alcançar os objetivos das organizações. Os grupos formais são
divididos em: grupos de comando, grupos de tarefas e grupos temporários, sendo
este último o tema de nosso trabalho.
CHIAVENATO (2005, p.281)
conceitua os grupos temporários: “são formados para a execução de certas
tarefas organizacionais com prazos definidos de duração, como as comissões”.
Grupos
temporários são designados para cumprir uma tarefa e se extinguir depois disso.
São usualmente formados com pessoas que pertencem a grupos funcionais
permanentes.
Os grupos temporários possuem uma
sequência de ações (ou inações) próprias:
1. Determinação da direção
do grupo.
2. Primeira fase de
inércia.
3. Uma transição acontece
na metade do tempo alocado.
4. Mudanças importantes.
5. Segunda fase de inércia
segue-se a transição.
6. Atividades
aceleradas.
Este
padrão é chamado de modelo de equilíbrio pontuado. O primeiro encontro
determina a direção do grupo e os padrões a serem seguidos no projeto, durante
a primeira reunião. Quando determinado os padrões a direção do grupo se
solidifica e provavelmente não será reexaminado. Esse é um período de inércia,
onde o grupo tende a se manter parado diante de um plano de ação fixo, mesmo
diante de novas percepções.
Normalmente
todos os grupos passam pela transição exatamente no mesmo ponto de seu
cronograma, na metade de seu tempo de vida, entre a primeira reunião e seu
prazo final de encerramento, designado como um a crise de meia-idade. Esse
ponto tende a funcionar como um despertador, alertando os integrantes do grupo
que o tempo é limitado e que é preciso prosseguir com os trabalhos. Esta nova
transição estabelece mudanças e novas perspectivas. Passa-se então para a Fase
2 , uma nova etapa de equilíbrio ou da inércia, na qual os membros do grupo
executam os planos elaborados no período de transição.
A
última reunião do grupo é marcada por atividades para conclusão dos trabalhos,
onde se observa que os grupos temporários exibem longos períodos de inércia,
seguidos de breve momento revolucionário, que aciona mudanças devido à
consciência dos membros com relação ao limite de tempo e o cumprimento de
prazos. Este modelo se aplica exclusivamente a grupos que trabalham com prazos
definidos.
2.1 PRINCIPAIS VERTENTES DE GRUPOS
TEMPORÁRIOS
2.1.1
Grupo temporário nos estudos.
Esse
é um grupo bem mais comum que qualquer outro grupo, este, passa todo o ano se
unindo para realizar as mais diversificadas etapas de estudos. Além de ser um
grupo simples, busca se unir para ampliar o conhecimento, pois, a dificuldade que
um integrante possui em determinado assunto, o outro complementa aprendendo
mais com isso, como afirma Rodrigues (2008) “Quando
os alunos estudam juntos, aprendem mais e tem mais chances de sanar suas
dúvidas; e quem mais aprende é quem ensina, porque isso ajuda a fixar melhor o
conteúdo”. Ficando evidente que, as ideias apresentadas um por um indivíduo
desse grupo, podem ser modificadas ou até mesmo fortalecidas por outro
integrante.
Quando
o grupo atinge seu objetivo e o trabalho se encontra concluído, este grupo
temporário encerra suas atividades e passa a refletir sobre o que foi realizado
de forma individual até o próximo estudo ser realizado.
2.1.2
Grupo temporário político.
A
cada período eleitoral, é muito fácil encontrar pessoas que estão envolvidos
nesses grupos. Estes se organizam tanto para promover e divulgar a campanha de
um candidato bem como, para realizar protestos aos seus opositores.
Dentro
deste grupo temporário é possível encontrar várias vertentes, mas, para melhor
compreensão do assunto, é mais fácil destacar apenas duas que envolvem a
organização, são elas: a vertente dos eleitores que teoricamente agem sem fins
lucrativos, e os Cabos eleitorais que agem com fins lucrativos. Segundo Admin
(2010) os
cabos eleitorais “são pessoas que, geralmente na época de campanha, a mando dos
chefes ou líderes partidários, devem conseguir mais integrantes para se
filiarem ao partido político ou conseguir mais eleitores para votarem nos
candidatos da legenda”.
2.1.3
Grupo temporário religioso
Estes grupos organizam-se muitas
vezes, para promover um ato de fé com objetivo de converter pessoas descrentes,
ajudando-as a encontrar um caminho cristão, realizando retiros espirituais, promovendo
um processo de união e comunhão com Deus para que haja uma reflexão em torno de
tudo que é ensinando e escrito em seu nome.
Além
da parte espiritual, os grupos religiosos também desenvolvem campanhas de
arrecadações para ajudar os pobres e oprimidos, bem como na “na atuação em
gestão de riscos e em situações de emergências, sendo presença solidária e
mobilizadora com ações preventivas e de redução de riscos” Cáritas (2013).
2.1.4
Grupo temporário no sistema de saúde
No
sistema de saúde, os grupos temporários agem de forma a promover a autoajuda,
principalmente em indivíduos que apresentam algum transtorno psicológico ou
vício. Ainda dentro dessa área, os grupos temporários se organizam para
promoverem situações de emergências, que tem por objetivo resolver um grande
problema em um pequeno espaço de tempo.
Geralmente,
estes grupos são formados por uma pequena quantidade de pessoas com o mesmo
problema, sendo coordenadas por um membro do sistema de saúde.
No grupo as pessoas compartilham suas
vivências, dificuldades, facilidades, etc. Mas, não apenas isto, elas também
buscam soluções, só que, juntas. Não é algo mágico e nem sempre as soluções são
encontradas facilmente, mas o aspecto terapêutico do grupo também está em buscar
juntos a solução. O grupo não é um tratamento, é um coadjuvante ao tratamento
medicamentoso e psicoterápico. (CAMARGO, 2013)
Uma
vez formado o grupo temporário, ele se mantem até que todos os integrantes
encontrem um caminho ou, a solução para os seus problemas como: tabagismo,
alcoolismo, câncer, doenças sexualmente transmissíveis, drogas, entre outros.
Para
entender melhor este contexto, convém observarmos o infográfico (esquema) a
seguir:
Imagem 1 - Apoio na Rede Humaniza
SUS
|
Fonte: MARTINS, D. 2011. Disponível em:
http://daltonmartins.blogspot.com.br/2011/11/modelando-funcao-apoio-na-rede-humaniza.html
|
2.1.5
Grupo temporário no trabalho
Quando
direcionamos o grupo temporário para o trabalho em uma empresa, temos este, prestado
por pessoa física, para atender a necessidade transitória de substituição de
seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, e
está regulamentado pela Lei nº 6.019, de 03 de janeiro de 1974 e pelo Decreto
73.841, de 13 de março de 1974.
Este
grupo de pessoas realiza atendimentos nos picos de produção e demandas em
determinadas épocas do ano, para que haja uma flexibilidade, no atendimento sem
prejudicar a clientela.
Estas
etapas ocorrem muitas vezes no final de cada ano, ou, quando há um evento
importante. Algumas empresas também adotam esse sistema quando decidem dar
férias coletivas a um numero elevado de funcionários. Para não fechar a empresa
e prejudicar os lucros, estas recorrem à contratação destes grupos temporários para
que os mesmos assumam a responsabilidade e o compromisso por curto período de
tempo.
3 ORGANIZAÇÃO DE UM GRUPO TEMPORÁRIO
A
organização de um grupo temporário geralmente acontece partindo de uma peça
chave (líder). Tudo depende de qual setor este grupo está se formando. Ao se
analisar duas situações sobre a organização, a compreensão sobre o assunto fica
mais evidente como, por exemplo: no trabalho, geralmente tudo começa a ser
organizado pela autoridade máxima da instituição que analisa a demanda e a
necessidade do ambiente de trabalho, se a situação ocorrer num grupo de
autoajuda que parte do sistema de saúde, esta por sua vez passa por um estudo
de identificação dentro de um mapa epidemiológico e, geralmente é organizado
(a) por um (a) especialista da área que se pretende ajudar e assim por diante.
Na
teoria, todos estes grupos podem ser resumidos como grupos sociais, pois,
independentemente da sua vertente, todos envolvem a sociedade e, muitas vezes
partem do mesmo senso comum e do mesmo objetivo com propósitos de identificação
para expressar o mesmo sentimento.
Uma tendência natural do ser humano é
a de procurar uma identificação em alguém ou em alguma coisa. Quando uma pessoa
se identifica com outra e passa a estabelecer um vínculo social com ela, ocorre
uma associação humana. Com o estabelecimento de muitas associações humanas, o
ser humano passou a estabelecer verdadeiros grupos sociais. (DANTAS, 2008)
Uma
vez que esteja estabelecida essa sincronia entre o grupo social, é preciso
identificar o nível do mesmo, para entender o objetivo e o grau de envolvimento
que este grupo possui. Estes níveis se distinguem entre, primário, secundário
ou intermediário.
Os grupos primários são aqueles em que
os membros possuem contatos primários, mais íntimos. Exemplos: família, grupos
de amigos, vizinhos, etc. [...] secundários são aqueles em que os membros não possuem
tamanho grau de proximidade. Exemplos: igrejas, partidos políticos, etc. [...]
Outro tipo de grupos sociais são os intermediários, que apresentam as duas
formas de contato: primário e secundário. Exemplo: escola. (DANTAS, 2008).
A
partir do momento em que o grupo está identificado, fica fácil entender o
objetivo que o grupo pretende alcançar. Muitas vezes a prática desse grupo é a
de promover passeatas, que se resumem nos “famosos” protestos divulgados pela mídia.
Dentro
dessa massa populacional que está protestando, encontram-se políticos de
oposição, religiosos, estudantes, trabalhadores, líderes sindicais entre outras
pessoas que participam ou já participaram de outros grupos temporários, se
tornando superiores e exteriores ao indivíduo, não enfraquecendo se um ou dois
saírem do grupo como afirma Dantas (2008) “[...] estes grupos são superiores e exteriores ao indivíduo, assim, se uma
pessoa sair de um grupo, provavelmente ele não irá acabar”.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O
que se percebe, é que os grupos temporários possuem muitas vertentes
ideológicas. Cada uma destas vertentes possui um objetivo aplicando-se com
metodologias diferentes, ou seja, se dois grupos distintos buscarem um mesmo
objetivo, a sua maneira de conquistar este objetivo será diferente, bem como as
ações de organização que os envolve.
Entretanto,
a maioria desses grupos, sempre busca algum benefício em favor do coletivo,
onde, os integrantes do mesmo reivindicam algo que precisa acontecer para que
tal problema seja solucionado.
A
ideia principal da formação de um grupo temporário se compreende fácil, na
medida em que se analisa o âmbito da situação, pois, quando um único indivíduo
tenta buscar uma solução, este encontra dificuldades para realizá-la, mas, no
momento em que mais alguém com o mesmo interesse se junta, forças são somadas e
a situação irá se facilitar tanto para um, quanto para o outro. Assim, quanto
mais integrantes formarem um grupo, maiores são suas forças de conquista,
fazendo com que o grupo se mantenha unido até alcançar o objetivo em pauta.
Tudo
isso só é possível e acontece, devido à forma em que se realiza a ação,
reunindo-se uma grande massa populacional em torno de um objetivo comum, seja
em um trabalho especifico uma meta traçada, ou algo de cunho social, como os
protestos.
Desta maneira, conclui-se
que os grupos, independente de sua essência, forma de trabalho ou organização,
se constituem de pessoas para a realização de alguns objetivos pré-definidos.
Assim, podemos dizer que para atingirmos um objetivo proposto, a formação de
grupos é de fundamental importância para as empresas, entidades ou
organizações, para que busque neste modo, o sucesso nas execuções do trabalho e
das pessoas envolvidas em cada um dos processos.
REFERÊNCIAS
ADMIN, Jb. Jus Brasil. Net, Brasil, jan. 2010. Seção Eleições. Disponível em:
< http://jb.jusbrasil.com.br/definicoes/100006265/cabo-eleitora >. Acesso
em: 27 jan. 2014.
CAMARGO, Adriano Persone Prestes de. Grupo apoiar. Net, Brasil, 2013. Seção
Artigos. Disponível em: <
http://www.silvanaprado.psc.br/forma%C3%A7%C3%A3o%20de%20grupos.htm >.
Acesso em: 27 jan. 2014.
CÁRITAS,
Brasileira.
Net, Brasil, jan. 2014. Seção quem somos nós. Disponível em: <
http://caritas.org.br/quem-somos-e-historico >. Acesso em: 27 jan. 2014.
CHIAVENATO,
Idalberto. Comportamento Organizacional:
a dinâmica de sucesso das organizações. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p
280 e 281.
COLUNISTA, Portal. Portal Educação. Net, Brasil, nov. 2013. Seção Educação e Pedagogia.
Disponível em: <
https://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/50264/metodologia-cientifica-tipos-de-pesquisa
>. Acesso em: 27 jan. 2014.
DANTAS, Tiago. Mundo Educação. Net, Brasil, mai. 2008. Seção Sociologia.
Disponível em: < http://www.mundoeducacao.com/sociologia/grupos-sociais.htm
>. Acesso em: 27 jan. 2014.
ESOPO. Quem
disse. Net, Brasil, jan. 2014. Seção Quem disse. Disponível em: <
http://www.quemdisse.com.br/frase.asp?f=a-uniao-faz-a-forca&a=esopo&frase=11187
>. Acesso em: 27 jan. 2014.
MARTINS, Dalton. Blogspot. Net, Brasil, nov. 2011. Seção caderno de tecnologia
social. Disponível em: <
http://daltonmartins.blogspot.com.br/2011/11/modelando-funcao-apoio-na-rede-humaniza.html
>. Acesso em: 24 jan. 2014.
ROBBINS,
Stefhem P. Comportamento Organizacional.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005, p 286.
RODRIGUES, Maria. R7. Net, Brasil, mar. 2008. Seção Canais Vestibular. Disponível em:
< http://vestibular.brasilescola.com/dicas/estudo-grupo.htm >. Acesso em:
28 jan. 2014.