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Sou simples, honesto, sincero, dedicado, carinhoso, compreensível e de muita fé em DEUS. Sou católico, Professor formado em Educação Infantil, pelo curso de formação de docentes do C.E.P.E.M (Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis) de Missal - PR, formado em Geografia (licenciatura) pela UNIGUAÇU – FAESI, e Pós - Graduado em Educação Especial e Inclusiva.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

La Niña

     La Niña é o nome dado para designar um fenômeno climático que ocorre em decorrência do resfriamento (em média 2°C ou 3°C) anormal das águas superficiais do oceano Pacífico, especialmente na parte centro-oriental. Esse fenômeno gera profundas mudanças na dinâmica da atmosfera, fator que interfere diretamente nas características climáticas do mundo.
     No Brasil, a La Niña é percebida principalmente por causar: passagens rápidas de frentes frias sobre a região Sul, diminuição da temperatura na região Sudeste, chegada de frentes frias ao nordeste durante o inverno, aumento nos índices pluviométricos no leste e norte da Amazônia, entre outras interferências climáticas menos representativas.
     A La Niña acontece em intervalos que oscilam entre 2 e 7 anos, com uma duração de aproximadamente um ano. A ocorrência do fenômeno em questão foi registrada nos anos 1950/1951, 1954/1955/1956, 1964/1965, 1970/1971, 1973/1974/1975/1976, 1983/1984, 1984/1985, 1988/1989, 1995/1996 e 1998/1999.
     No ano de 1998, foi identificada pelos cientistas uma queda de 1,9°C na temperatura das águas superficiais do oceano Pacífico, decretando o final do fenômeno El Niño e ativamento da La Niña.
     O último fenômeno La Nina (1999) provocou nos Estados Unidos um inverno extremante rigoroso, com temperaturas há muito não registradas. Tempestades de neve, avalanches foram algumas das consequências da La Niña na Europa, além de precipitação de neve em regiões que quase não ocorrem, como em Paris (França).
     Recentemente, diversos estudos ligados a esse fenômeno climático constataram que não há uniformidade nas consequências provocadas pela La Niña, isto é, não se sabe se o regime das chuvas vai aumentar ou diminuir, por exemplo.

Entre os meses de Dezembro e Fevereiro:
* Aumento das chuvas na região nordeste do Brasil; principalmente no setor norte, a qual corresponde os estados do Maranhão, Piauí, Ceará e oeste do Rio Grande do Norte
* Temperaturas abaixo do normal para o verão, na região sudeste do Brasil;
* Aumento do frio na costa oeste dos Estados Unidos;
* Aumento das chuvas na costa leste da Ásia;
* Aumento do frio no Japão.
* Entre os meses de Junho e Agosto:
* Inverno árido na região sul e sudeste do Brasil;
* Aumento do calor na costa oeste da América do Sul;
* Frio e chuvas na região do Caribe (América Central);
* Aumento das temperaturas altas na região leste da Austrália;
* Aumento das temperaturas e chuvas na região leste da Ásia.

El Niño

    O El Niño é um fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Pacífico além do normal e pela redução dos ventos alísios na região equatorial. Sua principal característica é a capacidade de afetar o clima a nível mundial através da mudança nas correntes atmosféricas.
    O nome “El Niño” foi escolhido pelo fato do fenômeno de aquecimento das águas na costa do Peru acontecer em dezembro, próximo ao Natal, e faz referência ao “Menino Jesus” ou, em espanhol “Niño Jesus”. O fenômeno já era conhecido entre os pescadores da região por causar diminuição na oferta de pescados nesse período, mas, só ganhou fama mundial após o período de 1997 a 1998 quando alcançou seu período de maiores efeitos.
     O El Niño provoca o enfraquecimento dos ventos alísios na região equatorial, ou seja, nos ventos que sopram de leste para oeste, provocando mudanças nas correntes atmosféricas que irão acarretar em precipitações e secas anormais em diversas partes do globo, além de aumento ou queda de temperatura, também anormais.
     Os ventos alísios ao soprar no sentido leste-oeste, resfriam a superfície do mar próxima ao litoral do Peru e, de certa forma, “empurram” as águas mais quentes na direção contrária, caracterizando uma diferença de temperatura entre as duas regiões. Então, na região de águas mais quentes ocorre a evaporação mais rápida da água e a formação de nuvens. Para isso, ou seja, para formar as nuvens, o ar quente sobe ao mesmo tempo em que o ar mais frio desce na região oposta, formando o fenômeno que os meteorologistas chamam de “célula de circulação de Walker”. A ocorrência deste outro fenômeno forma outro, conhecido como “ressurgência”, ou, afloramento das águas frias do oceano à superfície, dando continuidade ao ciclo.
     O El Niño é justamente a ocorrência anormal desses fenômenos ocasionada pelo superaquecimento das águas do Pacífico.
    Ao se tornar mais quentes que o normal, as águas oceânicas do Pacífico tendem a evaporar mais rapidamente e em uma região, ou superfície, mais extensa, e não apenas na parte oeste como ocorreria normalmente.
      Os principais impactos causados pelo fenômeno no Brasil são:
- secas na região norte, aumentando a incidência de queimadas;
- precipitações abundantes na região sul, principalmente nos períodos de maio a julho e aumento da temperatura;
- aumento da temperatura na região sudeste, mas sem mudanças características nas precipitações;
- secas severas no nordeste;
- e tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas na região centro-oeste.
Na Colômbia há a redução das precipitações e na vazão dos rios, no Equador e noroeste do Peru ocorre justamente o contrário, enquanto que na região do altiplano da Bolívia e do Peru o el Niño causa secas intensas.
     O fenômeno do El Niño vem sendo registrado desde 1877, tendo alcançado seu pico no período de 1997 a 1998, quando houve o maior número de catástrofes. O El Niño ocorre periodicamente com variação de 1 a 10 anos entre cada ocorrência.

Registro de El Niño anteriores, desde o inicio da medição de temperatura do Oceano Pacífico Equatorial.

1877-1878 - Forte intensidade
1888-1889 - Intensidade moderada
1896-1897 - Forte intensidade
1899 - Forte intensidade
1902-1903 - Forte intensidade
1905-1906 - Forte intensidade
1911-1912 - Forte intensidade
1913-1914 - Intensidade moderada
1918-1919 - Forte intensidade
1923 - Intensidade moderada
1925-1926 - Forte intensidade
1932 - Intensidade moderada
1939-1941 - Forte intensidade
1946-1947 - Intensidade moderada
1951 - Fraca intensidade
1953 - Fraca intensidade
1957-1959 - Forte intensidade
1963 - Fraca intensidade
1965-1966 - Intensidade moderada
1968-1970 - Intensidade moderada
1972-1973 - Forte intensidade
1976-1977 - Fraca intensidade
1977-1978 - Fraca intensidade
1979-1980 - Fraca intensidade
1982-1983 - Forte intensidade
1986-1988 - Intensidade moderada
1990-1993 - Forte intensidade
1994-1995 - Intensidade moderada
1997-1998 - Forte intensidade
2002-2003 - Intensidade moderada
2004-2005 - Fraca intensidade
2006-2007 - Fraca intensidade
2009-2010 - Intensidade moderada

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