*Informações
básicas para conhecimento de todos.
**Referências
no final do texto.
CLIMA BRASILEIRO
Para
classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de
ar, a pressão atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre muitas outras
características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de
clima do Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se
baseia na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar.
No território brasileiro ocorrem as
seguintes massas de ar:
-
MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA (mEa): quente e úmida
-
MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL (mEc): quente e muito úmida
-
MASSA TROPICAL ATLÂNTICA (mTa): quente e úmida
-
MASSA TROPICAL CONTINENTAL (mTc): quente e seca
-
MASSA POLAR ATLÂNTICA (mPa): fria e úmida
-
Massa equatorial atlântica (mEa) – Localiza-se na parte litorânea da Amazônia,
em certos momentos do ano também se localiza no Nordeste. Tem seu centro de
origem no oceano Atlântico. A massa equatorial atlântica é quente e úmida.
-
Massa equatorial continental (mEc) –É uma massa quente e úmida. Localiza-se na
porção noroeste da Amazônia, fica praticamente todo o ano. É a única
continental (que se localiza acima dos continentes) úmida no globo, pois, como
regra geral, as massas de ar oceânicas são úmidas e as continentais secas. Sua
umidade pode ser explicada principalmente por causa da presença da floresta
Amazônica. Tem o centro de origem na parte ocidental da Amazônia
- Massa Tropical atlântica (mTa) – Quente e úmida, originária do oceano Atlântico nas imediações do trópico de Capricórnio ( que passa pela cidade de São Paulo), tem uma enorme influência sobre a parte litorânea do Brasil (do nordeste até o sul).
- Massa Tropical atlântica (mTa) – Quente e úmida, originária do oceano Atlântico nas imediações do trópico de Capricórnio ( que passa pela cidade de São Paulo), tem uma enorme influência sobre a parte litorânea do Brasil (do nordeste até o sul).
-
Massa tropical continental (mTc) –Originário na depressão do Chaco (parte da
Argentina e do Paraguai) abrange uma área de atuação muito limitada. Ela é
quente e seca.
- Massa polar atlântica (mPa) – Tem suas origens nas porções do oceano Atlântico próximas a Patagônia (sul da Argentina). É uma massa de ar fria e úmida. Ela se atua mais no inverno, quando penetra no Brasil sob a forma de frente fria, provocando chuvas e declínio da temperatura.
De acordo com essa classificação, os
tipos de clima do Brasil são os seguintes:
Clima
Subtropical: presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e
úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à março. O
índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas
médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno,
das massas de ar frias vindas da Antártida.
Clima
Semi-árido: presente, principalmente, no sertão nordestino, caracteriza-se pela
baixa umidade e pouquíssima quantidade de chuvas. As temperaturas são altas
durante quase todo o ano.
Clima
Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas
durante quase todo o ano. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico
acima de 2500 mm anuais.
Clima
Tropical: temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de
umidade e índice de chuvas de médio a elevado.
Clima
Tropical de altitude: ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito
Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperatura médias variam de
15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das
massas de ar frias vindas pela Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no
inverno.
Clima
Tropical Atlântico (tropical úmido): presente, principalmente, nas regiões litorâneas
do Sudeste, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico.
As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no
inverno (média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma
chover muito nestas áreas.
HIDROGRAFIA BRASILEIRA
A
hidrografia do Brasil envolve o conjunto de recursos hídricos do território
brasileiro, as bacias hidrográficas, Oceano Atlântico, os rios, lagos, lagoas,
arquipélagos, golfos, baías, cataratas, usinas hidrelétricas, barragens, etc.
De acordo com os órgãos governamentais, existem no Brasil doze grandes bacias
hidrográficas, sendo que sete têm o nome de seus rios principais. Amazonas,
Paraná, Tocantins, São Francisco, Parnaíba, Paraguai e Uruguai; as outras são
agrupamentos de vários rios, não tendo um rio principal como eixo, por isso são
chamadas de bacias agrupadas.
Veja abaixo as doze macro bacias
hidrográficas brasileiras:
·
Região hidrográfica do Amazonas
·
Região hidrográfica do Atlântico Nordeste
Ocidental
·
Região hidrográfica do Tocantins
·
Região hidrográfica do Paraguai
·
Região hidrográfica do Atlântico Nordeste
Oriental
·
Região hidrográfica do Parnaíba
·
Região hidrográfica do São Francisco
·
Região hidrográfica do Atlântico Leste
·
Região hidrográfica do Paraná
·
Região hidrográfica do Atlântico Sudeste
·
Região hidrográfica do Uruguai
·
Região hidrográfica do Atlântico Sul
A Hidrografia brasileira apresenta os
seguintes aspectos:
Não
possui lagos tectônico, devido à transformação das depressões em bacias
sedimentares. No território brasileiro só existem lagos de várzea e lagoas
costeiras, como a dos Patos (RS) e a Rodrigo de Freitas (RJ), formadas por
restingas.
Com
exceção do Amazonas, todos os rios brasileiros possuem regime fluvial. Uma
quantidade de água do rio Amazonas é proveniente do derretimento de neve da
cordilheira dos Andes, o que caracteriza um regime misto (pluvial e nival).
Todos
os rios são exorréicos, ou seja, têm como destino final o oceano.
Só
existem rios temporários no Sertão nordestino, que apresenta clima semi-árido.
No restante do país, os rios são perenes.
Os
rios de planalto predominam em áreas de elevado índice pluviométrico. A
existência de desníveis no terreno e o grande volume de água contribuem para a
produção de hidroeletricidade
Dentre
todas as bacias as principais e de destaque são: Bacia Amazônica, Bacia do
Araguaia / Tocantins, Bacia Platina, Bacia do São Francisco e Bacia do
Atlântico Sul.
RELEVO BRASILEIRO
O
relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de
atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão,
por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente,
semi-árido e árido. Outros fenômenos da natureza (ventos e chuvas) também
contribuíram no processo de erosão.
O relevo brasileiro apresenta-se em:
Planalto:
são terrenos elevados, com altitudes em média acima de 300 metros. Esse tipo de
relevo pode ser encontrado em diferentes partes do país, sendo caracterizado
pela formação de chapadas e de extensas superfícies planas.
Planície:
é uma forma de relevo recente, sendo caracterizado por superfícies extremamente
planas, com altitudes entre 0 e 100 metros. Essas áreas, em razão da baixa
altitude, estão sujeitas a inundações.
Depressão
Absoluta - região que fica abaixo do nível do mar.
Depressão
Relativa – fica acima do nível do mar. A periférica paulista, por exemplo, é
uma depressão relativa.
Montanhas
– elevações naturais do relevo, podendo ter várias origens, como falhas ou
dobras.
VEGETAÇÃO BRASILEIRA
A vegetação do
Brasil envolve o conjunto de formações vegetais distribuídas por todo o
território brasileiro. O Brasil possui diferentes tipos de vegetação. Os
principais são: a Floresta Amazônica no norte, a Mata dos Cocais no meio-norte,
a Mata Atlântica desde o nordeste até o sul, a Mata das Araucárias (Mata dos
Pinhais) no sul, a Caatinga no nordeste, o Cerrado no centro, o Complexo do
Pantanal no sudoeste, os campos no extremo sul com manchas esparsas em alguns
estados do país e a vegetação litorânea desde o Amapá até Rio Grande do Sul.
As
características dos tipos de vegetação brasileira
Caatinga:
ocupando uma área de aproximadamente 800 mil quilômetros quadrados, a Caatinga
é o único bioma exclusivamente brasileiro. Ela é típica das regiões semiáridas,
podendo ser encontrada nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e Minas Gerais. A vegetação é
marcada por plantas xerófilas, adaptadas ao clima seco e a pouca
disponibilidade de água. A fauna é representada por répteis, roedores,
arara-azul, asa-branca, cutia, etc.
Campos:
esse tipo de vegetação ocupa áreas descontínuas no país, sendo mais comum na
Região Sul, em especial no estado do Rio Grande do Sul. A vegetação dos Campos
é formada por herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos.
Pradarias:
o domínio das pradarias corresponde ao Pampa, ou Campanha Gaúcha, onde o relevo
baixo e ondulado das coxilhas é coberto por vegetação herbácea (campos). A
ocupação econômica nesse domínio tem-se efetuado pela pecuária extensiva e pela
rizicultura irrigada.
Cerrado:
considerado o segundo maior bioma do Brasil, o Cerrado está presente em
diferentes estados brasileiros, sendo predominante na Região Centro-Oeste.
Entre as características marcantes desse tipo de vegetação estão as árvores com
caule tortuosos e o solo com poucos nutrientes. A fauna é representada pelo
tamanduá-bandeira, lobo-guará, tatu-bola, veado, entre outras espécies.
Floresta
Amazônica: é a maior floresta tropical do mundo, além de apresentar a maior
biodiversidade. Ela ocupa cerca de 42% do território nacional, estando presente
na Região Norte e nos estados de Mato Grosso e Maranhão, além de outros países
da América do Sul. Predominam as espécies de folhas largas, comuns em regiões
de clima equatorial, quente e úmido. É muito grande a quantidade de espécies de
animais, mas podemos destacar o jacaré, a jiboia, macacos, jabuti, etc.
Manguezal:
encontrado em diferentes áreas litorâneas, onde deságuam os rios, esse bioma é
caracterizado por ser uma área alagada de fundo lodoso e salobro. Os principais
animais dos mangues são o caranguejo e a ostra.
Mata
Atlântica: é um dos biomas mais ricos do mundo em espécies da fauna e da flora.
Sua vegetação é bem diversificada, apresentando árvores de grande porte com
folhas largas. As atividades humanas reduziram drasticamente a área original da
Mata Atlântica, que é considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta. Um
dos poucos exemplos de Mata Atlântica é o parque nacional do Iguaçu no Paraná.
Mata
de Araucária: é uma vegetação típica de regiões de clima subtropical. No
Brasil, ela pode ser encontrada nos estados da Região Sul e em São Paulo. Sua
vegetação é formada por árvores aciculifoliadas, com folhas em forma de agulha.
A espécie dominante é a Araucaria angustifolia, nome científico do
pinheiro-do-paraná.
Mata
de Cocais: ocupando áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, esse
bioma é considerado uma zona de transição entre a Amazônia e o Sertão
Nordestino. A vegetação é formada por palmeiras, com predominância do babaçu e
da carnaúba, além do buriti e oiticica.
Pantanal:
esse bioma é considerado uma das maiores planícies inundáveis do mundo. O
Pantanal está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de
territórios do Paraguai e Bolívia. Abriga mais de 3.500 espécies de plantas e
vários animais: jacaré, capivara, tucano, onça, macacos, etc.
Fontes
clima
Fontes
hidrografia
Fontes
relevo
Fontes
vegetação