AS NOVAS TECNOLOGIAS NO SISTEMA
EDUCACIONAL
BENDER,
Anderson José. ¹
DALMAS,
Alessandra. ²
RESUMO
O
presente artigo visa fornecer reflexões sobre o uso das novas tecnologias na educação,
com o objetivo de apresentar as mesmas como ferramenta de apoio. Entretanto, é
necessário que se use essas ferramentas de maneira moderada, pois, existem
vários níveis de ensino e, cada um deles necessita uma maneira diferente de se
transmitir o conhecimento. O uso excessivo das tecnologias na educação faz
brotar o lado negativo dessa vertente de ensino, no entanto, é fácil reverter
essa situação negativa do mau uso das novas tecnologias, basta organizar e,
investir de forma correta que se obtêm bons resultados e aulas dinâmicas e
produtivas sem ter-se a visão da substituição da figura do professor.
Palavras chave: Educação
– Professor – tecnologias – acesso – inclusão
RESUMEN
Este artículo
tiene como objetivo proporcionar reflexiones sobre el uso de las nuevas
tecnologías en la educación con el fin de presentarlas como una herramienta de
apoyo. Sin embargo, es necesario el uso de estas herramientas de forma
moderada, ya que hay diferentes niveles de enseñanza, y cada uno requiere una
forma diferente de transmitir conocimientos. El uso excesivo de las nuevas
tecnologías en la educación, plantea la
desventaja de este aspecto de la educación, sin embargo, es fácil de revertir
esta situación negativa de un mal uso de las nuevas tecnologías, sólo tiene
que organizar e invertir en el camino
correcto a obtener buenos resultados y lecciones dinámica y productiva sin
tener que cambiar la figura del profesor.
Palabras
clave: Educación - Profesor -
tecnologías - acceso – inclusión
¹ Formado no curso Formação de Docentes (2008) pelo
Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis de Missal – PR: CEPEM e atualmente
acadêmico do 7° período de geografia (licenciatura) da UNIGUAÇU – FAESI de
São Miguel do Iguaçu – PR. E-mail: anderson_josebender@hotmail.com
² Formada no Ensino médio pelo Colégio Estadual Alberto Santos Dumont de Ramilânida – PR
e atualmente acadêmica do 7° período
de geografia (licenciatura) da UNIGUAÇU – FAESI de São Miguel do Iguaçu –
PR. E-mail: alledalmas@hotmail.com
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1. INTRODUÇÃO
O
presente artigo justificasse, pelo fato de haver uma grande necessidade de
ampliar o ingresso das novas tecnologias no cenário educacional, objetivando-se
com isso, o desenvolvimento para uma dinâmica ampla onde, o uso de métodos
tecnológicos será fundamental para o desenvolvimento do aluno promovendo no
mesmo, um maior interesse ao usar como apoio métodos tecnológicos que vão
auxiliar em suas pesquisas e atividades. Segundo Filho (2010) “As mídias e, em
especial a internet, apresentam potencial para criar ambientes de aprendizagem,
tanto dentro como fora da escola” desenvolvendo uma maior interatividade e consequentemente,
maior facilidade na compreensão da matéria.
É
um fato concreto nos dias de hoje, a maneira de como os alunos são quase que
dependentes dos apetrechos tecnológicos oferecidos pelo mundo capitalista. É
raro vermos um aluno que não possua ao menos um celular, mesmo os de classes
mais carentes atendem a esse foco, que seja ao menos um aparelho simples e
barato, mas, que esteja em poder dos mesmos, salvo algumas exceções.
O
uso da internet, também se apresenta como grande “poder” de uso para os alunos
dos mais diversos níveis de ensino e, visando esse uso, é que se tem a
necessidade de atualizar os meios educacionais para se atender a demanda e a
exigência em questão.
No
entanto, a forma como o ensino é aplicado e, às diversas maneiras como o
professor interage frente às novas tecnologias, pode ser definido como uma grande
influência frente aos alunos e, perante a sociedade, porém, tudo isso vai
depender da maneira como esse conceito educacional e pedagógico será aplicado analisando
em questão, a faixa etária, as condições do ambiente físico e estrutural, e, de
como os alunos vão reagir diante da matéria desenvolvida com tal recurso.
As
novas tecnologias dentro do cenário da prática pedagógica se tornaram um debate
diversificado repleto de opiniões, duvidas e sugestões que se surgem a todo o
momento. Para muitos educadores, o método tradicional de se aplicar o ensino é
“artigo de museu” e o Google, se apresenta na visão deles como um “moderno livro
didático” que atende as expectativas e, aos anseios dos alunos na realização de
seus trabalhos e pesquisas. Por outro lado, outra parte de educadores ainda
ficam desconfiados ao se depararem com as propostas tecnológicas frente ao
ensino e, acabam “criando” mitos de que essas novas tecnologias, possam por fim
à figura do professor em sala de aula.
Nesse
sentido, deve se respeitar a opinião de cada um dos profissionais que debatem
sobre o assunto, porém, grande parte da polêmica que se apresenta sobre isso, é
o fato de muitos educadores, não se sentirem preparados para usar as novas
tecnologias, por não saberem, ou por não se interessarem nas inovações
disponíveis.
É
difícil conceber de que o professor perderá a vez para às novas tecnologias, no
entanto ele necessita se atualizar para estar acompanhando e, auxiliando a sua
clientela, sendo um mediador espontâneo, onde o mesmo deve ver e interpretar as
novas tecnologias como ferramenta de apoio e não como objeto de substituição. E
para esse conceito ser mais claro, é preciso somente se basear na ideia do
livro didático, onde o mesmo, também deve ser usado como ferramenta e não como
método exclusivo.
2. As novas tecnologias dentro do
sistema de ensino
Um
grande problema, principalmente dos alunos do ensino fundamental é que grande
parte deles entram no ensino médio, alfabetizados, mas, não letrados se tornado
uma grande preocupação no meio educacional, pois o aluno até lê, mas não
consegue interpretar o que está lendo. Partindo desse foco os educadores se
perguntam: O que está faltando? Por que o aluno não se interessa? Por que ele
não se concentra? Por que ele não está captando o que lhe é transmitindo? Essas
e muitas outras perguntas aparecem na mente do educador toda vez que ele sai de
uma sala de aula. Pode-se pensar que talvez sua metodologia esteja
ultrapassada, ou que não seja clara para o educando.
Talvez,
o “xis” da questão não seja isso, mas sim, uma maneira monótona de como às
aulas estejam sendo transmitidas, dia a pós dia, ano após ano. Uma solução
apresentada e muito discutida por vários autores de livros e artigos é a
inclusão das novas tecnologias no meio educacional.
As
novas tecnologias vêm com intuito de trazer ao aluno uma nova percepção de
aprendizagem, onde o mesmo possa sair da “metodologia rotineira”, entrando em
uma etapa de descobertas e de dinamismo, acompanhando o mundo e sua evolução,
pois, o aluno de hoje já não pode ser mais comparado com o aluno de décadas
anteriores, já que o mesmo ingressa no ensino com uma “evolução tecnológica em
sua bagagem” trazendo com sigo, um conhecimento de certa maneira diferenciado como
destaca Flavia Rezende.
[...] O aluno de
hoje, de todos os níveis de ensino, com o acesso (maior ou menor) às novas
tecnologias em seu cotidiano, começa a desempenhar um novo papel no contexto
escolar. Apresenta vantagens em relação ao aluno de dez anos atrás, porque traz
para a escola maior conhecimento factual e demonstra necessidades e
expectativas mais objetivas quanto à sua formação. (REZENDE, 2002, p. 14)
No entanto, todo esse processo tecnológico,
necessita de uma metodologia coerente, para poder apresentar bons resultados,
já que mudo de hoje está lotado de informações e, essas por sua vez acompanham
os educandos direta ou indiretamente, basta apenas olhar ao redor e perceber
tal fato. Uma vez que haja a percepção dessa evolução tecnológica, tem-se em
mãos uma grande quantidade de “matéria prima” que pode ser usada nas novas
tecnologias. Essa “matéria prima” propriamente dita pode ser extraída através
do uso da internet onde, o aluno pode descobrir e confrontar informações em
tempo real e, o lado positivo disso é que ele estará se concentrando a fundo no
conteúdo presente naquele momento, pois o mesmo estará fazendo isso de uma
maneira confortável e rápida, podendo observar as diversas fontes ligadas ao
tema proposto.
Nesse
cenário tecnológico, muitos se perguntariam como fica a organização do
professor nesse momento? Como ele irá a toda aula envolver todos os seus alunos
no contexto tecnológico? A resposta em si se apresenta como “inovação rápida e
prática”. Um professor não necessita levar seus alunos toda vez a um
laboratório de informática para poder usufruir de uma nova tecnologia, basta
trazer até a sala de aula o conceito tecnológico como, por exemplo, o uso de
tablets com conexão Wi-Fi, como ferramenta de apoio nas aulas. Com esse
dispositivo em mãos, os alunos se orientados de maneira correta e responsável,
poderão aprender além da pesquisa avançada uma organização pessoal
personalizada, onde o mesmo poderá ter a disposição de forma rápida e fácil,
fotos, vídeos, livros, revistas e jornais digitais, entre outros. Com essa
ferramenta de apoio, o aluno pode estar desenvolvendo seus trabalhos de maneira
mais rápida e ampla, pois, o mesmo terá em mãos varias fontes e ideias de
inúmeros autores trazendo para si a vontade de pesquisar mais e, de descobrir
além do que lhe foi solicitado.
Os
laboratórios de informática e os tablets em sala de aula com acesso a internet,
são pequenos exemplos de novas tecnologias. Nesse mundo tecnológico que
encontramos, existe uma infinidade de tecnologias a serem usadas em sala de
aula como Televisores multimídia, dada shows, quadros e mapas digitais, ambientes
virtuais de aprendizagem, que são softwares que auxiliam no ensino e no
aprendizado. Esses softwares se apresentam para auxiliar os professores no
cenário escolar deixando o ambiente dinâmico e prático para o ensino, colocando
em um programa, praticamente toda uma biblioteca e um laboratório a sua
disposição sempre que necessário.
Dando
continuidade aos exemplos de novas tecnologias, podemos anexar ainda os ensinos
à distância, onde muitos acadêmicos estudam em grandes universidades sem sair
de casa usufruindo 24 horas por dias de videotecas, bibliotecas virtuais e,
sempre que possível ter contanto com os mais diversos professores para
esclarecer suas dúvidas via chat, e-mail, Skype, vídeo conferência, telefone
entre outros, facilitando e deixando a vida do estudante muito mais prática.
2.1 As novas tecnologias nos diferentes
níveis de ensino
Dentro
do sistema de ensino, as novas tecnologias podem ser aplicadas desde a educação
infantil até o limite de estudo que se pensa em ter, porem, cada profissional
de ensino precisa estar preparado quanto a sua aplicação e moderação e, da
maneira de como esse ensino será aplicado ao estudante. O educador precisa ainda,
estar ciente de como aproveita-las, ele não pode mergulhar somente nas novas
tecnologias, pois, existe por traz disso todo um contexto imaginário que não
pode ser esquecido onde, o aluno procura criar na sua imaginação, uma forma
nova a ser explorada. O ideal, é que se usem as duas vertentes de educação
paralelamente.
O
processo de ensino aprendizagem depende de duas figuras, professor e aluno. É
preciso que se compartilhe a expressão humana repassada pela figura do
professor e como auxílio da mesma, à expressão tecnológica que é repassada
pelas mídias, tendo assim um processo compartilhado como aborda Vicente
Henrique de Oliveira Filho.
[...] o processo
ensino aprendizagem depende do educador e do educando, pois é um processo
compartilhado. Os recursos da multimídia, da internet, e da realidade virtual
criam superações dos limites, utilizando o pensamento como capacidade de criar
e como fonte da mensagem que dá sentido à mídia. A pratica docente deve ser
orientada hoje a partir de uma nova lógica e uma nova cultura. (FILHO, 2010, p.
7).
É
preciso analisar todas as formas possíveis e, como aplica-las em cada fase de
ensino. É necessário ter em mente, que a primeira fase de ensino (educação
infantil) necessita mais do contato com o lúdico pessoal, ou seja, onde o
professor participa mais, promovendo jogos e brincadeiras usando menos recursos
tecnológicos, pois nessa faze isso se faz necessário devido ao desenvolvimento
de suas coordenações e também pelo desenvolvimento cultural e imaginário da
criança, já que a mesma precisa de experiências intensas e agradáveis que lhe
permita perceber, sentir, fazer e pensar.
Baseando-se
na primeira fase apresentada, basta usar a experiência de vida para quem já é
educador e, atua nos moldes da educação infantil, fundamental e médio, que vai perceber
que as tecnologias devem ser dosadas no ensino de acordo com a evolução que
aluno tem ano após ano, ou seja, o aluno do primeiro ano da educação infantil
deve usar um nível mais baixo de tecnologia e evoluindo a cada ano da educação
básica. No entanto, essa visão depende de como o aluno está desenvolvido e,
como está o nível médio de cada turma que compõe a respectiva faixa etária do
ensino.
Uma
vez observado o nível médio de desenvolvimento de cada turma, vêm à etapa de
desenvolvimento e uso das novas tecnologias. Cabe ressaltar, entretanto, que
tudo também depende da estrutura oferecida pelas instituições de ensino, muitas
delas não atendem, ou não possuem toda a inclusão tecnológica disponível, mas,
caso a instituição a tenha, o uso paralelo mediado pelo educador é muito
importante, pois, vem a ser um aliado na educação proporcionando um aprendizado
mais solto e alegre, interagindo dinamicamente o conteúdo aplicado.
Entretanto,
deve-se se lembrar da dosagem dessas novas tecnologias como já foi visto
anteriormente e, aplica-las com moderação em todos os níveis de acordo com o
grau de desenvolvimento do aluno, pois, as novas tecnologias vêm a desenvolver
o ensino, mas precisam ser usadas com moderação.
2.2 O lado negativo das novas
tecnologias
Quando
se fala em novas tecnologias tem-se uma infinidade de meios que se apresentam
como tal, porém, é preciso saber diferenciar o seu uso, pois, um mesmo
equipamento usado para o ensino pode também, ser usado para o entretenimento e
para outros fins. Portanto quando o educador tiver a oportunidade de usar um
material tecnológico em sala de aula, ele deve estar preparado para usa-lo de
maneira moderada e, cuidar para que o mesmo, não “fuja” do objetivo para o qual
está sendo usado.
O
aluno se inserido dentro das novas tecnologias de maneira incorreta, tem seu
senso crítico afetado e, não consegue em certos casos associar o próprio
conhecimento, como aponta Marcos Vinícius Maia da Cruz.
Com o fácil acesso a
tecnologia nos dias atuais e com crescente número de usuários, os problemas em
relação ao uso dessas novas ferramentas também começam a aparecer. Muitas vezes
o estudante se torna dependente ou até mesmo “escravo” de tais tecnologias,
como a internet por exemplo, e em inúmeras vezes deixa até mesmo de cumprir
suas obrigações devido aos atrativos recursos que essas ferramentas oferecem.
(MAIA DA CRUZ et al, 2008, p. 2)
Podemos
citar como exemplo, o uso de tablets.
Se o educador possui uma turma com trinta alunos e cada um tiver um tablet, com
certeza surgirão dificuldades para controlar todos os alunos de forma
sincronizada. No entanto, cabe ao educador pensar em algo estratégico não
sozinho, mas, com a equipe pedagógica.
Nesse
contexto, deve-se ter em mente, que o conteúdo deve sempre estar em primeiro plano
e dentro desse, a tecnologia deve ser entendida da maneira como a mesma se
apresenta, ou seja, sendo um suporte para a transmissão do conhecimento.
Outro
ponto negativo das novas tecnologias é o fato de grande parte delas, se
apresentar de forma multimídia provocando um interesse mútuo, promovendo uma
“fuga” daquilo que se deveria estar realizando. O vilão específico disso, se é
que se pode chamar de “vilão”, se apresenta como a internet, sendo essa, a
campeã dos pontos negativos. Tal dado se apresenta, pois no momento em que uma
página de internet é aberta, muitas vezes se apresentam diversos outros links despertando
em seu usuário o desejo de explorar o mesmo, como
afirma Maia da Cruz et al (2008) “a internet faz com que o estudante deixe de
lado suas obrigações devido aos atrativos e recursos que tal ferramenta oferece”.
É
importante trazer a tona e saber diferenciar, o fato de se ter nas escolas o
acesso digital e inclusão digital, muitas vezes as escolas tem o acesso, mas,
não tem a inclusão digital o que acaba por se tornar outro ponto negativo no
cenário da inclusão digital. Partindo desse ponto, se questiona o seguinte, se
a escola oferece aos seus alunos, tablets para o uso em sala de aula, ela estará
dando o acesso ou incluindo o aluno a uma nova tecnologia? Essa pergunta acaba
por ser muitas vezes questionada, pois reflete numa discussão sobre o conteúdo,
seleção de material, maneira de como será usado esse método tecnológico entre outras
abordagens em torno do mesmo assunto.
Outro
método que se insere nas novas tecnologias, é o ensino a distância que vem
crescendo grandemente nos últimos anos. Segundo Maia da Cruz (2008) com base
nas informações do Jornal Nacional de 27 de abril de 2009, “a oferta de cursos
superiores dentro do país cresceu 571% entre 2003 e 2006 e o número de alunos
cresceu 356% em apenas 3 anos totalizando cerca de 2,5 milhões de estudantes”.
Ainda
segundo dados da reportagem, os números são mais assustadores quando se filtram
os dados por curso oferecido, segundo Maia da Cruz (2008) “o número de alunos
por professor passava de mil em alguns cursos, quando o recomendado
internacionalmente, segundo o ministério da educação, são de 130 alunos por
professor.
Partindo
dessas informações, é nítida a ideia de que há um descaso e certa carência no
atendimento aos alunos que procuram esses cursos. É difícil conceber que um
único profissional da área possa atender a cerca de mil alunos em tempo hábil
para saciar todas as suas dúvidas e assim, fica evidente que as duvidas que
surgem, vão se acumulando resultando num grande atraso no esclarecimento do
conteúdo em pauta, como esclarece Marcus Maia da Cruz.
Este excesso de
alunos também atrapalha na interação aluno/professor, as dúvidas que surgem
durante as aulas normalmente são enviadas via email ao professor, que
constantemente as respondem algumas semanas depois, isto é, quando a dúvida é
sanada já existem muitas outras que também só serão respondidas semanas depois.
(MAIA DA CRUZ et al, 2008, p. 5)
2.3 A transformação do negativo em
positivo dentro das novas tecnologias
Quando
as novas tecnologias são aplicadas no cenário escolar, é preciso primeiramente
preparar o aluno e trabalhar os conceitos tecnológicos, principalmente quando
se irá trabalhar com o uso da internet, para que o mesmo possa usar essa
inovação de maneira correta e produtiva. É preciso antes de tudo que o
professor atue como um “filtro”, onde o mesmo irá filtrar as informações específicas,
apontando ao aluno o que realmente deva ser pesquisado.
Após
a realização e preparação do professor como leitor e “filtro” das informações
perante a internet, o mesmo precisa ter o cuidado de como irá solicitar o uso
da mesma. Quando for solicitar uma pesquisa, por exemplo, é necessário que o
educador exija do aluno fontes alternativas como, livros, revistas, jornais,
vídeos entre outros, colocando a internet apenas como apoio a essa pesquisa.
Uma
vez definido e transformado o ponto negativo em positivo, é a vez de o aluno
ser preparado para tal, para que o mesmo possa estar preparado para selecionar
de fato, aquilo que lhe possa ser produtivo e que faça a diferença. Dessa
maneira, pode-se formar um leitor crítico que diferencie “lixo eletrônico” do
que de fato lhe sirva de interesse para o estudo e para o que lhe foi
determinado.
Partindo
das mesmas bases, pode-se usar o mesmo conceito para outros métodos
tecnológicos como, por exemplo, o uso do tablet. Se a instituição de ensino
apenas ofertar o equipamento, ela estará apenas dando acesso, mas não estará
incluindo uma nova tecnologia. É preciso, no entanto, que se faça o mesmo
processo como o da internet, porém com maior dinamismo. Dessa maneira, tem-se o
tablet como uma excelente ferramenta se usada de maneira correta como reforça
Juliana Barcelos de Oliveira.
Porém, para ser
positiva, a adoção desta tecnologia deve possuir a adaptação dos professores e
alunos, uma vez que nenhum recurso garante o aprendizado, mas pode auxiliar na
construção do conhecimento, formando cidadãos reflexivos, dinâmicos, críticos e
capazes de construir o seu próprio conhecimento através de experiências e
vivências. (OLIVEIRA et al, 2012, p. 5)
Uma
vez que se filtrem as informações e se eduque o aluno para o uso do tablet com
o acesso a internet, se tem uma ótima produtividade em sala de aula, pois tal
equipamento propõe ingressar uma verdadeira biblioteca na palma da mão, mas,
vale lembrar que assim como a internet, esse equipamento precisa sofrer uma
revisão e seleção do conteúdo que está inserido no mesmo, para se buscar uma
informação precisa propondo um ambiente interativo e dinâmico em tempo real, como
aponta Juliana Barcelos de Oliveira.
Com a utilização dos
recursos móveis torna-se possível que cada discente busque a informação em
tempo real, a troca de experiência, dinamizando e enriquecendo o processo de
ensino aprendizagem [...] O grande objetivo destas tecnologias é tornar o
ensino disponível em todo o lugar e em todo o tempo. (OLIVEIRA et al, 2012, p.3
e 4)
Outro
conceito que se encaixa nesse foco e é fundamental que seja especificado, é quando
o trabalho ou a pesquisa necessita de agilidade e não disponibiliza de um tempo
longo para a leitura e reflexão de livros. A partir desse ponto, é importante
que o professor possa estar repassando, artigos ou resumos expandidos sobre o assunto
a ser trabalhado, especificando aos educandos o assunto central. Com isso, fica
claro o termo “filtro” visto anteriormente.
Reforçando
esse conteúdo, é imprescindível o uso moderado das tecnologias que se infiltram
no senário educacional, como aponta Marcus Maia da Cruz.
Mas esses problemas
apresentados até agora podem ser evitados simplesmente com bom senso. A
tecnologia em si não é a causa dos problemas, mas sim o abuso do uso de suas
ferramentas cometido pelos usuários [...] A maioria das novidades tecnológicas
vem para resolver problemas e não causa-los. Podemos comparar a tecnologia como
os remédios, todos vem para ajudar e melhorar na qualidade de vida da população
mas tomar doses muito altas podem trazer ainda mais complicações para a saúde. (MAIA
DA CRUZ et al, 2008, p. 2).
É
necessário que o professor exija uma diversificação e busque repassar diversas
ideias de vários autores, forçando que o aluno construa a informação sobre o
tema, evitando os plágios (trabalhos prontos) e, as informações contraditórias
que são comuns na internet.
Nesse
sentido, é fundamental que o desenvolvimento crítico seja desenvolvido no aluno
para que o mesmo, pense, reflita e veja que a internet e as tecnologias
disponíveis possam ser meios de interação para desenvolver o conhecimento e
raciocínio próprio. Assim, o educando pode pensar e refletir e, não apenas
copiar e colar.
Quando
a tecnologia se envolve de maneira correta principalmente no meio educacional,
ela se torna um elo dinâmico que desperta a vontade de aprender e descobrir.
Dentro desse foco, quando se criam mais sistemas de auxílio, como e-mail,
blogs, grupos e paginas de redes sociais, tem-se uma rede de ensino praticamente
24 horas por dia entre o educador e os seus educandos. A ideia desse conceito
se reforça na abordagem de Monique Pessanha de Sales & Jussara Santos Pimenta.
Muitos professores
criam sites ou blogs com o intuito de divulgarem novidades sobre suas
respectivas matérias, complementarem suas aulas e divulgarem links de vídeos ou notícias pertinentes
ao conteúdo. (SALES & PIMENTA, 2012, p. 8)
Com
isso, tem-se a visão da interatividade entre professor e aluno, onde o mesmo
busca trazer ao aluno, uma diversificação sobre o conteúdo apresentado, tendo
como auxilio, não apenas um livro didático, mas um “menu” repleto de ferramentas que visam atrair o aluno para a
absorção do conteúdo proposto, apresentando uma conexão professor aluno 24
horas por dia.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com
base na pesquisa realizada, fica evidente a importância das novas tecnologias
no cenário educacional, já que o termo “novas tecnologias na educação” se
refere a tudo de inovador que possa ser apresentado como ferramenta de apoio
junto ao educador para facilitar a transmissão do conhecimento e, tornar a aula
mais dinâmica, abrindo novas alternativas de absorção do conhecimento. Entretanto,
é necessário que se tenha certa moderação quanto ao seu uso, pois, existem
vários níveis dentro do ensino e, para cada um deles é necessário um grau
diferente de aplicação.
O
grau de qualidade e resultado positivo de se usar as novas tecnologias depende
da maneira como o educador às direciona aos seus educandos. É necessário que se
selecione conteúdos específicos quando se pretende direcionar uma pesquisa com
o uso da internet. O mesmo processo se direciona também, para o uso de tablets.
Devem-se configurar os mesmo com conteúdos pedagógicos específicos e que
atendam o que se almeja trabalhar. Tal orientação serve para qualquer aparelho
de mídia que esteja sendo usado pelos alunos como ferramenta de aprendizado
durante a aula.
Para se
obter êxito total com o uso das novas tecnologias na educação, além do uso
moderado, é necessário que se tenha uma estrutura que seja capaz de oferecer
todos os recursos possíveis e o mais importante, é que se tenha a inclusão digital,
pois, apenas o acesso não é capaz de gerar algo dinâmico e produtivo, pelo
contrário, o acesso apenas desorganiza a qualidade do ensino, é preciso
portanto que se tenha o acesso e consequentemente, a inclusão do educando nesse
acesso e, quando se fala em inclusão, quer se dizer, preparar o aluno para o
uso e o ingresso nas novas tecnologias tendo o sistema governamental o papel de
incluir a instituição e essa por sua vez, o papel de incluir o professor que consequentemente deverá
incluir o aluno.
Finalizando
esse conceito geral de novas tecnologias na educação é preciso analisar as mais
diferenciadas situações que irá se encontrar dentro da rede de ensino, pois,
cada instituição possui uma realidade diferente, não se pode cobrar êxito de
uma escola que não suporta totalmente o acesso ou a inclusão tecnológica, muito
menos do professor que não está preparado para trabalhar com o acesso ou com a
inclusão tecnológica. Ainda se está longe da perfeição, mas, pode-se dizer que
se está no caminho certo. E para se chegar à perfeição, é preciso que se tenha
maior apoio e participação governamental, bons investimentos no cenário
educacional, para que se tenha o desenvolvimento de projetos que tem por
objetivo apontar novas alternativas que sejam capazes de promover uma maior
qualidade no ensino com o uso das novas tecnologias. E o mais importante, que a
figura do professo seja sempre vista como o topo da pirâmide, pois, as
tecnologias jamais irão substituir o educador e sim serem apenas suas
ferramentas na transmissão do conhecimento.
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O uso da tecnologia na educação é bom ou ruim?. Net, Brasil, 2012,
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Acesso em 23/05/2013 às 00h08 min.
São Miguel do
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