EDUCAÇÃO AMBIENTAL MODULO IV
EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL
As aplicações da Educação Ambiental formal são de aplicabilidade no ambiente escolar. No entanto entende-se como Educação Ambiental Formal a educação compreendida no âmbito escolar, tomando o espaço da gestão ambiental como elemento estruturante na organização do processo de ensino aprendizagem, para que haja um controle social sobre decisões que afetam o destino de muitos destas gerações futuras.
As características específicas da Educação Ambiental, tanto em nível temático como metodológico, exigem processos específicos de capacitação dos professores, para se introduzir uma proposta de inovações educativas nas escolas. Isso acaba sendo mais fácil compreendido com a definição das novas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais, onde os temas transversais visam à atualização e adequação dos currículos para a capacitação dos responsáveis pela execução dessas inovações que é imprescindível.
As diversas dificuldades existentes devem – se, muitas vezes, às formas simplistas com que tem sido concebida e aplica a Educação Ambiental, reduzindo-a a processos de sensibilização que é uma etapa inicial da Educação Ambiental. Ela é imprescindível para avançar nos processos da EA, mas vale ressaltar que a mesma não e uma Educação Ambiental, pois a partir dela ainda, não se produzem avanços significativos para uma compreensão mais abrangente da sociedade, nem se refletem em mudanças de atitudes e, muito menos, ajudam a construir uma nova forma de racionalidade ambiental.
A questão ambiental, quando abordada na Escola, a partir de práticas interdisciplinares facilita a aprendizagem, valores e atitudes. Assim o indivíduo a sociedade e a espécie interligam-se de tal forma que se tornam co-produtores um do outro.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCNs)
O tratamento da Educação Ambiental, tema transversal, como é sugerido, permite aprofundar as fontes teóricas que permeiam as práticas pedagógicas vigentes, colocando a EA como um tema transversal na busca de uma melhor qualidade de vida individual e coletiva.
A Educação Ambiental ganhou uma nova abordagem a partir da LDB que determinou a elaboração do Plano Nacional de Educação. O ensino da Educação Ambiental também é lembrado na Constituição Federal de 1988, especialmente no Artigo 225, § 1º.
Uma das maiores contribuições para a educação moderna foi a introdução dos Temas Transversais. Essa disciplina permite a constante reconstrução de conceitos, valores e posturas diante dos fatos.
Alguns pontos polêmicos no debate ambiental segundo o PCN apontam questões como:
• Se restringir exclusivamente à preservação dos ambientes naturais deixando de lado saneamento, saúde, cultura, decisões sobre políticas de energia que são extrapolações e não devem ser da alçada dos ambientalistas.
• Os que defendem o meio ambiente são pessoas radicais e privilegiadas, não necessitam trabalhar para sobreviver, perturbam quem realmente produz e deseja levar o país para um nível melhor de desenvolvimento.
• É um luxo e um despropósito defender, por exemplo, animais ameaçados de extinção, enquanto milhares de crianças morrem de fome ou de diarréia.
• Quem trabalha com questões relativas ao meio ambiente, acredita que a natureza humana é intrinsecamente “boa” e não percebe que a pior poluição é a pobreza, e para haver progresso é normal algo ser destruído ou poluído.
• Idealiza-se a natureza, quando se fala de “harmonia da natureza”. Como se pode falar em “harmonia”, se na natureza os animais se atacam violentamente e se devoram? Que harmonia é essa?
É essa a visão, que erroneamente as pessoas fazem sobre as questões ambientais, que um educador ambiental deve combater; e é na escola que se inicia esse processo.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL – UMA VISÃO INTERDISCIPLINAR
A questão ambiental, quando abordada na escola, a partir de práticas interdisciplinares facilita a aprendizagem de valores e atitudes. A interdisciplinaridade está presente na Política Nacional de Educação Ambiental em modalidades do processo educativo não formal.
As práticas interdisciplinares devem ter como objetivos, desenvolver a postura crítica e trabalhar sobre atitudes e valores do educando. E os professores, inseridos no trabalho interdisciplinar para que possam proporcionar ao aluno atividades conjuntas que buscam a interação de temas geradores de polêmica. Assim o professor, assume o papel de pesquisador, onde ele necessita de mais estudos, leituras, reflexões sistematizadas para poder atuar com segurança na própria realidade.
A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental possui especificidades conceituais de um campo de conhecimento em formação, visa à construção de relações sociais, econômicas e culturais capazes de respeitar e incorporar as diferenças. Assim os conteúdos abordados objetivam a homogeneização de conceitos básicos da dinâmica ambiental e a discussão/reflexão, a fim de proporcionar possibilidades de escolha consciente.
Os princípios gerais que a Educação Ambiental segue são: Sensibilização, compreensão, responsabilidade, competência e cidadania. Já no processo de formação dos educadores, o Ministério da Educação, as secretarias estaduais de educação e as universidades devem ser as instituições que garantam a elaboração e a implementação de políticas e o cumprimento das responsabilidades por parte do Estado nessa área. Assim é extremamente recomendável que, nesta tarefa, sejam envolvidas as diferentes instituições governamentais e não governamentais.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL MODULO V
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO – FORMAL
Abordar a Educação Ambiental não-formal é definir ligações com empresas, turismos ecológicos, Ecoturismos, ONGs entre outras. Essas instituições elaboram programas de educação Ambiental, pois operam por meio de programas direcionados a realidade social e ambiental. Tem a função de informar e formar. Desenvolvem ações na área da educação, comunicação, extensão e cultura que são obtidas fora dos bancos escolares e universitários, se dirigindo ao grande público, ou à sociedade fazendo se valer por meios de comunicação convencionais.
É interessante observar a evolução que a Educação Ambiental não-formal sofreu ao longo do tempo. A mesma é concebida inicialmente como preocupação dos movimentos ecológicos e é fundamental para o desenvolvimento da sensibilidade ambiental.
ESFERAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A lei do plano de Educação Ambiental combina educação formal e não-formal, por meio das mais diversas esferas organizadas, pela educação ambiental. Nesse contexto a abrangência das responsabilidades atribuídas pela lei em matéria de EA não-formal fica clara, na lei 9795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental na Seção III, Art. 13.
Quando falamos em Educação Ambiental não-formal nas escolas privadas, sabemos que as mesmas
necessitam integrar seu sistema educacional em práticas pedagógicas. Vale Lembrar que, embora haja incentivos governamentais, nem sempre estes são conseguidos, sendo a entidade a responsável direta pela elaboração destes programas. Essas entidades vão ganhando forças ao longo do tempo, incorporando fundamentos, ampliando a visão ambiental, como algo sistêmico, composto pela inter-relação entre os fatores ambientais, sociais e econômicos e não apenas o fator natural.
A partir do ponto citado a EA ganha forças e passa a ser vista como um processo de aprendizagem contínua, para a formação de cidadãos. Em vista da importância da Educação Ambiental, foi necessário extrapolar o espaço escolar, disseminando os conteúdos, em áreas públicas, no entorno de Unidades de Conservação, por meio de atividades culturais.
Diversas iniciativas de Educação Ambiental no setor não formal estão sendo implantadas, mas é necessário que se exista um intensivo treinamento de educadores no planejamento, desenvolvimento, avaliação e documentação dos projetos e seus resultados para incrementar o apoio financeiro de uma metodologia eficaz.
ESTRATÉGIAS PARA AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
As práticas de Educação Ambiental devem sempre considerar a realidade local, levando em conta toda sua perspectiva histórica, pois isso possibilita que a situação futura seja condizente com os anseios dos envolvidos. Mas ainda existe outro fator que merece destaque que é o enfoque sistêmico, onde todos os fenômenos ou eventos se inter-relacionam de forma global.
O ideal é que se comece a averiguar às questões ambientais do ponto de vista do local, passando ao regional, nacional e global, estabelecendo assim, às inter-relações do meio com o restante do planeta.
A criação e o desenvolvimento de um programa de educação Ambiental não-formal pode ser elaborado utilizando-se diferentes métodos em diversos ambientes educativos e uma ampla gama de atividades práticas.
No entanto, necessita-se estabelecer prioridades, atitudes e formas de ação, levando em conta: definição do público alvo e do objeto a ser alcançado, seleção do conteúdo, temática abordada, adequação da linguagem e das estratégias, desenvolvimento de estratégias, dimensão de propostas, parceria para execução da proposta e cronograma de execução das atividades.
PLANEJAMENTO DE PROJETOS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O planejamento pode ser conceituado como o processo de tomada antecipada de decisão, com objetivo de obter um estado futuro desejável, devendo se ter um enfoque holístico, procurando suas causas e inter-relações em um contexto social e histórico, respondendo a questões como: Para que o planejamento? Como se deve desenrolar o processo? Quem deve participar e de que forma deve ser envolvido? Depois de respondidas essas questões, deve-se concluir as quatro etapas do planejamento, às quais são fundamentais.
São elas: O conhecimento da realidade; A concepção de um plano, a Execução do plano e o acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações.
Na prática essa sequência é um ciclo continuado, com o acompanhamento reordenado a concepção e a execução do plano que envolve sempre um conjunto de aspectos considerados intrínsecos ao seu desenvolvimento os quais podemos destacar: Dimensão racional; Dimensão política; Dimensão valorativa e Dimensão técnico-administrativa. Baseado nessa concepção a administração pública alega que, para que haja transparência dos atos praticados e dos gastos realizados, exige-se a identificação unitária das ações e o correspondente detalhamento das atividades.
CONCLUSÕES
Analisando os textos, pode-se chegar ao consentimento que a Educação Ambiental Formal e Não-Formal necessita claramente uma da outra para ambas poderem desenvolver seu âmbito dentro da sociedade. Para compreender melhor os fatos, deve-se começar primeiro pela Educação Ambiental Não-Formal que é aquela aplicada na rede privada dentro de empresas, comércios e sociedades no geral, que visa buscar e oferecer projetos que possam beneficiar o meio ambiente através de uma conscientização transmitida através da “propaganda” e da realização de eventos e atividades no ambiente social.
Já a Educação Ambiental formal, é aquela que está inserida nos bancos escolares e universitários, tendo por objetivo transmitir o conhecimento e o ato de prevenção desde a raiz buscando alternativas, idéias, críticas e soluções para um melhor desenvolvimento sustentável.
Através disso pode-se concluir no geral que a Educação Ambiental Não Formal é aquela que vem se apresentando de forma bruta, no entanto, deve ser lapidada pela Educação Ambiental Formal, para que se busque uma melhor aplicação por parte das duas. Ou seja, “ela funciona como um “diamante” onde sua beleza esta no final do processo de lapidação quando aparecem as melhores formas e brilhos”. Com base nessa reflexão pode se alegar que as duas Educações tanto a Formal como a Não-Formal precisam estar juntas para buscar melhor conscientização e solução.
REFERÊNCIAS
Os textos, Curso de educação ambiental Modulo IV E V foram retirados do site
PORTAL DA EDUCAÇÃO ( http://www.portaleducacao.com.br ).
Os Direitos autorais estão contidos nas referências da Apostila do Curso de Educação Ambiental.
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Quem sou eu
- Professor Anderson J. Bender
- Sou simples, honesto, sincero, dedicado, carinhoso, compreensível e de muita fé em DEUS. Sou católico, Professor formado em Educação Infantil, pelo curso de formação de docentes do C.E.P.E.M (Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis) de Missal - PR, formado em Geografia (licenciatura) pela UNIGUAÇU – FAESI, e Pós - Graduado em Educação Especial e Inclusiva.
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