ESTE BLOG POSSUI CONTEÚDOS ACADÊMICOS RELACIONADOS AO CURSO DE GEOGRAFIA (LICENCIATURA) E, CONTEÚDOS DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA. OBRIGADO PELA VISITA.

COLABORE COM O DESENVOLVIMENTO DESTE BLOG, PARA MAIS ESTUDOS E INFORMAÇÕES IMPORTANTES. MANDE SUA COLABORAÇÃO PARA BANCO DO BRASIL AGENCIA 4079-7 CONTA 9.4222-7 ITAIPULÂNDIA / PARANÁ.

INTERESSE EM PATROCINAR ESTE BLOG ENTRE EM CONTATO PELO E-MAIL anderson_josebender@hotmail.com

Quem sou eu

Minha foto
Sou simples, honesto, sincero, dedicado, carinhoso, compreensível e de muita fé em DEUS. Sou católico, Professor formado em Educação Infantil, pelo curso de formação de docentes do C.E.P.E.M (Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis) de Missal - PR, formado em Geografia (licenciatura) pela UNIGUAÇU – FAESI, e Pós - Graduado em Educação Especial e Inclusiva.

Pesquisar no blog

Origem das Visitas

domingo, 8 de abril de 2012

Aula de Organização do Espaço Mundial (Globalização e o Cenário Mundial)


Baseado nos conceitos da disciplina de Organização do Espaço Mundial, leia e reflita o texto a seguir. Ao final faça uma analise em tópicos sobre o que mais se destaca nos textos introdutórios abaixo.

TEXTOS INTRODUTÓRIOS
Disciplina: Organização do Espaço Mundial
Professora: Graziele Ferreira

A Teoria da Regionalização Mundial tem por objetivo identificar grandes áreas do planeta com características próximas, no que diz respeito à população e a economia, ou ainda, semelhanças na Formação Sócio-Econômica-Espacial. Nesta aula não será abordada a tradicional divisão do planeta em continentes, ou seja a regionalização a partir de critérios naturais.

As Ciências Sociais buscam criar uma metodologia apropriada para lidar com a enorme diversidade e também para compreender as diferentes realidades encontradas no planeta. Para compreender um texto, em especial um Clássico, deve-se inicialmente analisar o momento histórico a que ele se refere e/ou foi escrito; só a partir daí seus conceitos podem ser interpretados.

Esta observação sobre diferentes metodologias e conceitos ao longo da história é de grande utilidade em todas as aulas, a principiar pelas diferentes formas de regionalização propostas até a atualidade. Não se pode esquecer que com o decorrer da história, novas metodologias surgem e novos conceitos são lançados para diagnosticar com maior propriedade a dinâmica realidade das sociedades.

Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos

O economista Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um dos precursores desta proposta de regionalização.Ele propôs o conceito de desenvolvimento econômico condicionado às idéias de inovação tecnológica e da ruptura do “fluxo circular”. Schumpeter privilegiou a atuação do empreendedor, do inovador na superação da condição de pobreza, da precariedade. Assim estabeleceu a divisão do mundo entre aqueles que se desenvolveram e os que supostamente poderiam se desenvolver.
Entre as diversas escolas do pensamento econômico se destacam as seguintes idéias:

* Liberalismo - o subdesenvolvimento é sinônimo de estagnação econômica.
* Neoliberalismo - criou os rótulos “países em desenvolvimento” e “países emergentes”, e posicionou os antigos “subdesenvolvidos” dentro de uma fase do desenvolvimento.
* Estruturalismo - estabeleceu que, além das razões econômicas, o subdesenvolvimento era resultante da fragilidade das instituições próprias de cada Estado.
* Keynesianismo - determinou o subdesenvolvimento como fruto da ausência de um Estado forte, capaz de impor medidas reguladoras, subsídios e protecionismo alfandegário.
* Teoria da Dependência - argumentou que o subdesenvolvimento é resultado de trocas internacionais desiguais e não da ausência do desenvolvimento, portanto, é produto do desenvolvimento desigual de outros países.

Países Centrais e Periféricos

Rosa Luxemburgo (1870-1919), filósofa marxista e militante revolucionária cuja bandeira era “Socialismo ou barbárie”, foi grande defensora desta proposta de regionalização. No sistema capitalista, segundo esta concepção, os países centrais e os países periféricos travam um conflito desigual, no qual não há espaço para que os menos abastados alcancem qualquer forma de progresso, seja social ou econômico.
Cada país ocupa um espaço e desempenha seu papel no mundo capitalista, assim a periferia jamais chegará ao centro.

No início do século XX, esta visão de mundo foi adotada por inúmeros movimentos revolucionários, depois esquecida por algumas décadas. Na atualidade voltou a ganhar espaço nos meios acadêmicos. Em 1949, o economista argentino Raul Prebish apresentou a tese O Desenvolvimento Econômico da América Latina e seus Principais Problemas. Nesta obra, a difusão do progresso técnico e a distribuição dos seus ganhos na economia mundial aconteciam de forma desigual. No centro, a difusão do progresso técnico teria sido mais rápida e homogênea, enquanto na periferia, o progresso só atingiria setores ligados à exportação em direção ao centro.

A CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas), criada também em 1949, adotou esta linha em seus estudos. PRIMEIRO, SEGUNDO E TERCEIRO MUNDOS

Em 1952, o demógrafo francês Alfred Sauvy (1898-1990), cunhou a expressão “Terceiro Mundo” para classificar as novas nações da Ásia e da África que surgiam durante o processo de descolonização, após a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945).

Sauvy notou semelhanças entre as aspirações dessas nações com as do “terceiro estado” antes da Revolução Francesa. Em 1789, o “terceiro estado” representava 95% da população, porém somente o primeiro e segundo

estados (clero e nobreza) tinham real representatividade política, privilégios jurídicos e fiscais, o “terceiro estado” arcava com a carga tributária. Na sua concepção, os países que se opunham às metrópoles imperialistas formavam o “Terceiro Mundo”, isto é, um bloco de países capitalistas jovens, desprovidos de capital e crédito, entre outras formas de precariedade. O “Segundo Mundo” era constituído pelos países socialistas, o “Primeiro Mundo” pelos países capitalistas dominantes.

Em 1955, na primeira Conferência entre os países “Não Alinhados”, realizada em Bandung, na Indonésia, esta proposta de regionalização ganhou espaço na mídia e se popularizou nos anos da Guerra Fria. De forma equivocada esta proposta de regionalização ainda é utilizada, mesmo não existindo países socialistas (Segundo Mundo), pelo menos em sua concepção original. Nos seus últimos anos de vida, Sauvy declarou que tal denominação deveria ser abolida. Para ele, o “Terceiro Mundo” deveria ser um bloco politicamente oposto ao “Primeiro Mundo” e não somente um agrupamento de países de grande precariedade econômica. Além disso, os países designados como “Terceiro Mundo” não poderiam servir ao interesses dos países dominantes.

Países do Norte e do Sul

Diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um autor precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, como um dos responsáveis pela popularização dessa representação. Após décadas de Guerra Fria, o enfrentamento ideológico entre Socialismo e Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a disputa econômica entre Ricos e Pobres (Norte x Sul). A idéia ganhou força no início da década de 1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do “Segundo Mundo”.

Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações arbitrárias, convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que as endossam. Em nenhum momento o Leste foi totalmente Socialista nem o Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.

Nova Ordem Mundial

Histórico:
Nos últimos anos, principalmente de 1989 a 1991, o mapa-múndi político sofreu transformações radicais. Novos estados-nações (países) surgiram e outros desapareceram.Como exemplo disso, podemos citar a antiga Alemanha Oriental, hoje uma província da Alemanha reunificada. Ou antiga Tchecoslováquia, hoje em dois novos estados-nações: a República Tcheca e a Eslováquia. Contudo, as mudanças mais surpreendentes aconteceram na Iugoslávia e na União Soviética. A Iugoslávia, além de ter sido dividida em cinco novos países (Croácia, Eslovênia, Bósnia, Macedônia e Iugoslávia), conheceu uma sangrenta guerra civil pela partilha da Bósnia-Herzegóvina. A União Soviética, por sua vez, viu-se obrigada a fragmentar-se em 15 nações independentes.

Do ponto de vista geopolítico, é possível comparar esse período a um outro do nosso século, quando também aconteceram mudanças profundas no mapa-múndi, por ocasião da segunda guerra mundial. Nesses dois momentos ocorreram não apenas mudanças geopolíticas, mas também uma crise de uma ORDEM MUNDIAL e a emergência de uma outra.

Antes da segunda guerra mundial havia uma ordem multipolar, ou seja, com base em vários pólos ou centros de poder que disputavam a hegemonia internacional: Inglaterra, ex-grande e exclusiva potência mundial no século XIX, em decadência hegemônica; a França e em especial a Alemanha, grandes concorrentes no continente europeu; os EUA, grande potência da América; o Japão, que se lançava numa aventura imperialista no leste e sudeste asiático; e por fim a imensa Rússia, fortemente militarizada.

O final da grande guerra trouxe um novo cenário: as potências européias estavam arrasadas e conseqüentemente seus impérios na Ásia e África; o Japão, igualmente arrasado, perdeu as áreas que havia conquistado no extremo oriente(Coréia, Manchúria, partes da Sibéria, etc.). Duas novas potências mundiais – EUA e União Soviética – lotearam o mundo entre si. Foi a época da BIPOLARIDADE, a nova ordem mundial, que durou cerca de 45 anos, desde o final da segunda guerra até meados de 1991.

O mundo bipolar foi marcado pela eterna disputa entre capitalismo e socialismo, tendo os EUA e a União Soviética de cada lado, respectivamente. Os EUA, líderes político-econômicos do mundo capitalista . A União Soviética, a guardiã e o exemplo a ser seguido no mundo socialista.

Esse Status que começou a ser mudado com a ascensão do Japão e da Europa Ocidental, que passaram a disputar a supremacia internacional com os EUA, e ao esgotamento do modelo soviético.

As Disparidades tendem a aumentar

A oposição entre o Norte e o Sul tem ainda um outro motivo para se acentuar: as desigualdades internacionais, que vêm aumentando desde os anos 1980 e devem se agravar ainda mais até o início do século XX. O PNB dos ricos sempre tem aumentado, enquanto grande parte dos países pobres tem diminuído, especialmente na África. De forma resumida, podemos dizer que isso se deve ao seguinte: enquanto as economias mais avançadas estão atravessando a chamada Revolução técnico-científica, com substituição de força de trabalho desqualificada por máquinas, com a expansão da informática, etc., os países mais pobres só têm duas coisas a oferecer – matérias-primas e mão de obra barata -, e esses elementos perdem valor a cada dia. Somente os países com uma força de trabalho qualificada (resultado de um ótimo sistema educacional) e tecnologia avançada é que possuem condições ideais para o desenvolvimento.

O Subdesenvolvimento

De forma sucinta, podemos definir o subdesenvolvimento como uma situação econômico-social caracterizada por dependência econômica e grandes desigualdades sociais.

Subordinação ou dependência econômica

Todos os países do Sul ou do terceiro mundo são economicamente dependentes dos países desenvolvidos. Tal dependência manifesta-se de três maneiras:

I. Endividamento externo – normalmente, todos os países subdesenvolvidos possuem vultosas dívidas para com grandes empresas financeiras internacionais.
II. Relações comerciais desfavoráveis – geralmente, os países subdesenvolvidos exportam produtos primários (não industrializados), como gêneros agrícolas e minérios. As importações, por sua vez, consistem basicamente de produtos manufaturados, material bélico e produtos de tecnologia avançada (aviões, computadores, etc.). Esta relação comercial revela-se terrivelmente desvantajosa, pois os artigos importados têm valor agregado bem maior do que os exportados, e ainda se valorizam mais rapidamente.
III. Forte influência de empresas estrangeiras – nos países subdesenvolvidos, boa parte das principais empresas industriais, comerciais, mineradoras e às vezes até agrícolas é de propriedade estrangeira, possuindo a matriz nos países desenvolvidos. São as chamadas multinacionais. Uma grande parcela dos lucros dessas empresas é remetida para suas matrizes, o que provoca descapitalização no terceiro mundo.

Grandes Desigualdades Sociais

Em todos os países subdesenvolvidos, a diferença entre ricos e pobres é muito mais acentuada do que nos países desenvolvidos. Por exemplo, na Colômbia, 2,6% da população possui 40% da renda nacional; no Chile, 2% dos proprietários possuem 50% das terras agrícolas. Dessa forma, a população de baixa renda acaba sofrendo de sérios problemas de subnutrição, falta de moradias, atendimento médico-hospitalar inadequado, insuficiência de escolas, etc.

Então:Como Definir a Nova Ordem?

A nova ordem costuma ser definida como multipolar. Isso quer dizer que existem vários pólos ou centros de poder no plano mundial. Hoje temos três grandes potências mundiais de poderio econômico, tecnológico e político-diplomático: EUA, Japão e a União Européia.

Assim, o século XX começou com uma ordem multipolar, passou para a bipolaridade e termina com uma nova multipolaridade. Que diferenças existem entre a multipolaridade deste fim de século e aquela do início?
A primeira grande diferença é que no início do século havia somente um agente no cenário internacional: o Estado Nacional (como, por exemplo, Inglaterra, Alemanha, etc.) e tudo girava ao redor de suas relações econômicas e político-militares. Já nos dias hodiernos há um relativo enfraquecimento do estado-nação e um fortalecimento de outros agentes internacionais – a ONU, em primeiro lugar, e também as empresas multinacionais e as diversas organizações mundiais (governamentais e não-governamentais) que atuam nas áreas ambiental, econômica, cultural, técnica, etc.

Em segundo lugar, no início do século vivia-se uma situação de pré-guerra: as rivalidades entre potências conduziam inevitavelmente a conflitos bélicos entre si, o que ocorreu efetivamente de 1914 a 1918 e novamente de 1939 a 1945. Hoje isso é extremamente improvável de acontecer, pois no lugar de uma disputa acirrada pela hegemonia mundial, existe uma crescente cooperação, uma interdependência, inclusive com a criação demercados regionaisou blocos econômicos. Dessa forma, as três grandes potências são ao mesmo tempo rivais e associados, possuem alguns interesses conflitantes e inúmeros outros em comum.

A ordem mundial era tida como dicotômica ou dualista, ou seja, predominava a oposição entre o bem e o mal, entre o capitalismo e o socialismo. A nova ordem é pluralista, ou seja, possui várias frentes de oposição, como RICOS/POBRES; CRISTÃOS/MUÇULMANOS(ISLÂMICOS); INTERESSES MERCANTIS/CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA, etc.

Multipolaridade e aceleração econômica e tecnológica

A tecnologia desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial estabeleceu um novo padrão de desenvolvimento tecnológico, que levou à modernização e a posterior automatização da indústria. Com a automatização industrial, aceleraram-se os processos de fabricação, o que permitiu grande aumento e diversificação da produção.

O acelerado desenvolvimento tecnológico tornou o espaço cada vez mais artificializado, principalmente naqueles países onde o atrelamento da ciência à técnica era maior. A retração do meio natural e a expansão do meio técnico-científico mostraram-se como uma faceta do processo em curso, na medida em que tal expansão foi assumida como modelo de desenvolvimento em praticamente todos os países.

Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico, particularmente a automatização da indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez nos transportes e comunicações, as relações econômicas também se aceleraram, de modo que o capitalismo ingressou numa fase de grande desenvolvimento. A competição por mercados consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o avanço da tecnologia e o aumento da produção industrial, principalmente nos Estados Unidos, no Japão, nos países da União européia e nos novos países industrializados (NPI’s) originários do "mundo subdesenvolvido" da Ásia.

A internacionalização do capital

Desde que surgiu, e devido à sua essência - produzir para o mercado, objetivando o lucro e, conseqüentemente, a acumulação da riqueza - o capitalismo sempre tendeu à internacionalização, ou seja, à incorporação do maior número possível de povos ou nações ao espaço sob o seu domínio. No princípio, a Divisão Internacional do Trabalho funcionava através do chamado pacto colonial, segundo o qual a atividade industrial era privilégio das metrópoles que vendiam seus produtos às colônias.

Agora, para escapar dos pesados encargos sociais e do pagamento dos altos salários conquistados pelos trabalhadores de seus países, as grandes empresas industriais dos países desenvolvidos optaram pela estratégia de, em vez de apenas continuarem exportando seus produtos, também produzi-los nos países subdesenvolvidos, até então importadores dos produtos industrializados que consumiam. Dessa maneira, barateando custos, graças ao emprego de mão-de-obra bem mais barata, menos encargos sociais, incentivos fiscais etc., e, assim, mantendo , ou até aumentando, lucros, puderam praticar altas taxas de investimento e acumulação. Grandes empresas de países desenvolvidos, também conhecidas como corporações, instalaram filiais em países subdesenvolvidos, onde passaram a produzir um elenco cada vez maior de produtos.

Por produzirem seus diferentes produtos em muitos países, tais empresas ficaram consagradas como multinacionais. Nesse contexto, opera-se, pois, uma profunda alteração na divisão internacional do trabalho, porquanto muitos países deixam de ser apenas fornecedores de alimentos e matérias-primas para o mercado internacional para se tornarem produtores e até exportadores de produtos industrializados. O Brasil é um bom exemplo.

A globalização

Nos anos 1980, a maior parte da riqueza mundial pertencia às grandes corporações internacionais. Pôr outro lado, os Estados desenvolvidos revelaram finanças arruinadas, depois de se mostrarem incapazes de continuar atendendo às onerosas demandas da sua população: aposentadoria, amparo à velhice, assistência médica, salário-desemprego, etc. Com o esgotamento do Estado do bem-estar Social (Welfare state), o neoliberalismo ganhou prestigio e força.

Agora, a lucratividade tem de ser obtida mediante vantagens sobre a concorrência, para o que é necessário oferecer ao mercado produtos mais baratos, preferentemente de melhor qualidade. Para tanto, urge reduzir custos de produção.

Então, os avanços tecnológicos, particularmente nos transportes e comunicações, permitiram que as grandes corporações adotassem um novo procedimento - a estratégia global de fabricação - que consiste em decompor o processo produtivo e dispersar suas etapas em escala mundial, cada qual em busca de menores custos operacionais. A produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma vez que os mesmos produtos são oferecidos à venda nos mais diversos recantos do planeta. Os fluxos econômicos se intensificam extraordinariamente, promovidos sobretudo pelas grandes empresas, agora chamadas de transnacionais. A divisão internacional do trabalho fica subvertida, pois torna-se difícil identificar o lugar em que determinado artigo industrial foi produzido.

Após a derrocada do socialismo, a internacionalização do capitalismo atinge praticamente todo o planeta e se intensifica a tal ponto que merece uma denominação especial - globalização -, marcada basicamente pela mundialização da produção, da circulação e do consumo, vale dizer, de todo o ciclo de reprodução do capital. Nessas condições, a eliminação de barreiras entre as nações torna-se uma necessidade, a fim de que o capital possa fluir sem obstáculos. Daí o enfraquecimento do Estado, que perde poder face ao das grandes corporações.

O "motor" da globalização é a competitividade. Visando à obtenção de produtos competitivos no mercado, as grandes empresas financiam ou promovem pesquisa, do que resulta um acelerado avanço tecnológico. Esse avanço implica informatização de atividades e automatização da indústria, incluindo até a robotização de fábricas. Em conseqüência, o desemprego torna-se o maior problema da atual fase do capitalismo.

Embora a globalização seja mais intensa na economia, ela também ocorre na informação, na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do processo. Por esse motivo, a globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. Além disso, ela tem provocado uma imensa concentração de riqueza, aumentando as diferenças entre países e, no interior de cada um deles, entre classes e segmentos sociais.
De qualquer modo, para se entender melhor o espaço de hoje, com as profundas alterações causadas pela globalização, é preciso ter presente alguns conceitos essenciais:

FÁBRICA GLOBAL - A expressão indica que a produção e o consumo se mundializaram de tal forma que cada etapa do processo produtivo é desenvolvida em um país diferente, de acordo com as vantagens e as possibilidades de lucro que oferece.

ALDEIA GLOBAL - Essa expressão reflete a existência de uma comunidade mundial integrada pela grande possibilidade de comunicação e informação. Com os diferentes sistemas de comunicação, uma pessoa pode acompanhar os acontecimentos de qualquer parte do mundo no exato momento em que ocorrem. Uma só imagem é transmitida para o mundo todo, uma só visão. Os avanço possibilitam a criação de uma opinião pública mundial. Nesse contexto de massificação da informação é que surgiu a IINTERNET, uma rede mundial de comunicação por computador que liga a quase totalidade dos países. Estima-se que, hoje, mais de 100 milhões de pessoas estejam se comunicando pela Internet. Esse sistema permite troca de informações, com a transferência de arquivos de som, imagem e texto. É possível conversar por escrito ou de viva voz, mandar fotos e até fazer compras em qualquer país conectado.

ECONOMIA MUNDO - Ao se difundir mundialmente, as empresas transnacionais romperam as fronteiras nacionais e estabeleceram uma relação de interdependência econômica com raízes muito profundas, inaugurando a chamada economia mundo.

INTERDEPENDÊNCIA - No sistema globalizado, os conceitos de conceitos descritos anteriormente envolvem a interdependência. Os países são dependentes uns dos outros, pois os governos nacionais não conseguem resolver individualmente seus principais problemas econômicos, sociais ou ambientais.
As novas questões relacionadas com a economia globalizada fazem parte de um contexto mundial, refletem os grandes problemas internacionais, e as soluções dependem de medidas que devem ser tomadas por um grande conjunto de países.

PAÍSES EMERGENTES - Alguns países, mesmo que subdesenvolvidos, são industrializados ou estão em fase de industrialização; por isso, oferecem boas oportunidades para investimentos internacionais. Entre os países emergentes destacam-se a China, a Rússia e o Brasil. Para os grandes investidores, esse grupo representa um atraente mercado consumidor, devido ao volume de sua população. Apesar disso, são países que oferecem grandes riscos, se for considerada sua instabilidade econômica ou política.

Com o objetivo de construir uma imagem atraente aos investidores, os países emergentes tentam se adequar aos padrões da economia global. Para isso, têm sempre em vista os critérios utilizados internacionalmente por quem pretende selecionar um país para receber investimentos:
* cultura compatível com o desenvolvimento capitalista;
* governo que administra bem os seus gastos;
* disponibilidade de recursos para crescer sem inflação e sem depender excessivamente de recursos externos;
* estímulo às empresas nacionais para aprimorarem sua produção;
* custo da mão-de-obra adequado à competição internacional;
* existência de investimentos para educar a população e reciclar os trabalhadores.


*************ABAIXO, ANALISE DO TEXTO ANTERIOR:*****************

Ø  A proposta dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos, elaborada pelo economista Joseph Schumpter. baseia-se no conceito de desenvolvimento econômico às ideias de inovação tecnológica e da ruptura do “fluxo circula”, estabelecendo a divisão dos que se desenvolveram e os que poderiam se desenvolver.

Ø  A concepção dos países centrais periféricos Baseia-se num conflito desigual, no que qual não há espaço para que os menos abastados alcancem uma forma de progresso, seja social ou econômica. Isso passa a ser mais visível quando vemos a exploração de mão de obra barata que os países desenvolvidos aplicam nos subdesenvolvidos.

Ø  Atualmente não se usa a divisão de 1º, 2º e 3º mundos, Por que o socialismo praticamente não existe mais. Porem, atualmente pode-se classificar ou dividir o mundo em capitalistas pobres e capitalistas ricos.

Ø  A divisão entre países do norte e do sul aconteceu com o fim do socialismo a divisão passou a ser pela linha do equador, pois, ao norte se encontram os países desenvolvidos, ou seja, os mais ricos, e ao sul se encontram os países subdesenvolvidos, ou seja, os mais pobres. O precursor dessa divisão que deu o “ponta pé inicial” foi o ex. presidente americano Bill Clinton.

Ø  O processo histórico da atual ordem mundial, é a multipolar. Sua história se baseia nos primórdios do século XIX, na época essa ordem levou as duas guerras mundiais, no entanto, ao fim da segunda grande guerra surge duas novas superpotências A União Soviética e os EUA, formando naquele momento uma nova ordem chamada de Bipolar que durou 45 anos. A partir daí e com o fim da guerra fria surgiram outras potências que começaram a se desenvolver e a ordem multipolar começou a prevalecer novamente.

Ø  As disparidades tendem a aumentar entre os países pobres e ricos, por que os países ricos estão
 atravessando a chamada revolução técnica – científica, com substituição da força de trabalho qualificada por maquinas devido a expansão da informática. Já os países pobres só têm duas coisas a oferecerem: Matéria prima e mão-de-obra barata.

Ø  O subdesenvolvimento e suas manifestações, caracteriza-se por dependência econômica e grandes desigualdades sociais. Suas manifestações se dão por: endividamento externo, relações comerciais desfavoráveis e forte influência de empresas estrangeiras (Multinacionais).

Ø  A multipolaridade do passado que data do início do século XX tinha apenas dois agentes no cenário internacional, Inglaterra e Alemanha. Tudo girava em torno de suas relações econômicas, políticas e militares, sempre viviam uma situação de pré-guerra. 

Ø  Atualmente a multipolaridade se baseia numa cooperação crescente de interdependência. Com a criação de mercados regionais ou blocos econômicos.

Ø  A tecnologia de desenvolvimento durante a segunda guerra mundial estabeleceu um novo padrão de desenvolvimento que levou a modernização e a posterior automatização da indústria. Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico e a rapidez nos transportes e comunicação, fez com que o capitalismo ingressasse numa faze de grande desenvolvimento, que estimulou e muito o desenvolvimento de mais tecnologia.

Ø  A internacionalização por sua vez, introduziu no mercado, lucro e acumulo de riqueza e isso, está fazendo que para visarem mais lucros ainda e fugir do pagamento de altos impostos, as empresas dos países desenvolvidos, instalem suas filiais nos países subdesenvolvidos tornando-se grandes multinacionais.

Ø  A Explicação de globalização, e suas alterações ocorridas no mundo que transformaram a organização do espaço, aconteceram da seguinte maneira: Nos anos 1980, a maior parte da riqueza mundial pertencia às grandes corporações internacionais, por outro lado, os estados desenvolvidos revelaram finanças arruinadas. Agora, a lucratividade tem de ser obtida mediante vantagens sobre a concorrência, o que acaba aumentando as multinacionais.

Ø  Após a derrota do socialismo, a internacionalização do capitalismo atinge praticamente todo o planeta, fazendo com que “motor” da globalização fosse a competitividade se alastrando pela economia, cultura, ciência e política.

Ø  Os conceitos de fábrica global; aldeia global; economia mundo e interdependência.
ü  Fabrica global: Indica que a etapa de um processo produtivo seja desenvolvida em um país diferente. Ex. para a fabricação de um carro, o chassi é desenvolvido na Europa, os motores na Ásia e o restante na América, no entanto a venda acaba acontecendo no território Africano. 

ü  Aldeia Global: Expressa a existência de uma comunidade integrada pela grande possibilidade de comunicação e informação, ou seja, podemos acompanhar do Brasil em tempo real o que acontece no Japão.

ü  Economia Mundo: É a difundição mundial das empresas, formando um conjunto econômico mundial, como a União Europeia, Tigres Asiáticos, Mercosul, entre outros, visando uma economia equilibrada entre as nações
.
ü  Interdependência: Os países são dependentes um dos outros. Ex.: para o Brasil ter uma boa economia na produção de carne é necessário depender da compra dos países europeus e asiáticos, o que gera maior desenvolvimento e produção, gerando grandes lucros e estabilidade financeira nacional.

Ø  A Explicação sobre a existência dos países emergentes, destacando suas tentativas em adequar-se nos padrões da economia global esta apontada da seguinte mandeira: Países emergentes: mesmo sendo subdesenvolvidos, são industrializados, por isso oferecem boas oportunidades de investimentos internacionais, destacam-se nesse quadro, Brasil, Rússia e China. Com o objetivo de construir uma imagem atraente aos investidores, esses países tentam se adequar aos padrões de economia global, se tornando países em desenvolvimento.

7 comentários:

  1. professor parabéns pelo trabalho muito completo, percebe-se que o senhor não apenas colocou informações recolhidas de "livrinhos", mas verdaeiras teorias, as explicou e colocou seu ponto de vista. novamente parabéns.

    ResponderExcluir
  2. professor o senhor podia complementar este assunto falando um pouco da grande ascenção da China, Brasil, Russia, índia e Africa do sul, falando tambem da disputa para conseguir um cadeira permanente no conselho de segurança da ONU.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Iuri, na medida do possível estarei atualizando as informações estou só, aguardado para publicar um resumo ou até um artigo sobre o “BRICS” (que se referem aos países membros fundadores (Brasil, Rússia, Índia, China e à África do Sul), Esses países juntos formam um grupo político de cooperação). Quando publicar isso, estarei apontando os assuntos que você citou no comentário.

      Atenciosamente
      Professor Anderson José Bender

      Excluir
  3. Oi Anderson... o papel de parede do seu blog esta impossibilitando a leitura do assunto. Peço-lhe por gentileza para mudar ou tirar em compreenção a mim. Ficarei grata, pois poderei ler. Abraços e muito sucesso pra tí.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Nayra tenho essa configuração de proteção de tela pra caracterizar o espaço do blog que se destina a geografia, estou procurando algo semelhante para substituir e deixar mais legível para leitura, enquanto não soluciono esse detalhe procure fazer a leitura acima do horizonte da imagem que ficará mais nítido para a leitura. Obrigado pela dica
      Atenciosamente
      Anderson José Bender.

      Excluir
  4. É realmente o seu trabalho ficou muito bom, parabéns.

    ResponderExcluir

Marcadores