UNIGUAÇU – UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DO IGUAÇU LTDA.
FAESI – FACULDADE DE ENSINO SUPERIO DE SÃO MIGUEL DO IGUAÇU
ISE – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
CURSO DE GEOGRAFIA QUARTO PERIODO
Climatologia II
RESUMO SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL
Resumo de graduação apresentado a disciplina de Climatologia II da Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu, sob orientação do Professor: Ma. Raniere Garcia Paiva.
ANDERSON AMBROZINI
ANDERSON JOSÉ BENDER
SÃO MIGUEL DO IGUAÇU
2011
Nos últimos anos observamos uma série de anormais climáticas em nosso planeta, fenômenos que vêem se repetindo com muita freqüência e que muitas vezes deixam no ar perguntas (...) o porquê de tudo isso? Baseado nisso ONGs e prefeituras estão realizando grandes eventos para prevenir e remediar o máximo possível as anomalias climáticas ocasionadas pelo aquecimento global.
Aquecimento Global algumas perguntas e respostas.
No último século, a quantidade de CO2 na atmosfera aumentou consideravelmente, elevando a temperatura terrestre. Essa realidade coincide com o emprego massivo de combustíveis fósseis, carvão, petróleo e gás para atender aos processos de industrialização, e também com transformações no modo de vida da sociedade desde a Revolução Industrial.
Desde os últimos anos da década de 1980, a capacidade regenerativa da Terra já não consegue acompanhar o consumo humano, às pessoas estão transformando os recursos em resíduos mais rapidamente do que a natureza consegue regenerá-los.
O último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado pela ONU em fevereiro de 2007, aponta que os efeitos do aquecimento da Terra serão irreversíveis nos próximos cem anos, e que o homem é o grande responsável pelo efeito estufa. Isso fica mais evidente quando observamos os desmatamentos e as queimadas. Outro fator que tem grande parcela de culpa no aquecimento global é o transporte com suas emissões de gás carbônico principalmente nas grandes cidades.
O aumento da temperatura global pode contribuir para a formação de ciclones extratropicais no litoral brasileiro, enchentes nas grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro e conseqüentemente provocará o aumento dos deslizamentos das encostas, além de provocar o aumento do nível do mar que já está previsto para as próximas décadas e ainda impactar a zona costeira brasileira.
As emissões de gases de efeito estufa no município de São Paulo
Segundo o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Município de São Paulo, elaborado pelo Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da (UFRJ) ressaltam que, o Município de São Paulo emite cerca de 15.738.241 toneladas de CO2 equivalente/ano. As maiores fontes de emissão são o uso de energia, seguido da disposição final de resíduos sólidos. O uso de combustíveis fósseis é responsável pela emissão de 88,78% do total das emissões provenientes do uso de energia.
Dos combustíveis consumidos, a gasolina automotiva contribui com 35,7% das emissões de uso de energia, seguida pelo óleo diesel, com 32,6%. A Prefeitura de São Paulo emite por ano cerca de 49.000 toneladas de CO2 equivalente, a grande maioria das emissões ocasionada por consumo de energia elétrica em iluminação pública, seguida por consumo de combustíveis fósseis e consumo de energia elétrica em edifícios públicos.
O que está fazendo a prefeitura de São Paulo?
Em 2005 a cidade de São Paulo começou a instaurar do Comitê Municipal de Mudanças Climáticas e Eco-economia, que tem como objetivo promover e estimular ações que visem minimizar as emissões de gases causadores do efeito estufa e também implementar ações voltadas à eco-economia e que começou a mostrar resultados pois já em 2009, o município instalou um colegiado multisetorial para implementar e acompanhar as políticas de mudanças climáticas. A adesão ao programa Cidade Amiga da Amazônia, do Greenpeace, estabelece o compromisso da Administração Municipal em eliminar a madeira de origem ilegal e os desmatamentos criminosos. O município assinou um termo de Compromisso, assumindo as demandas do programa. Na seqüência, foi estabelecido um Grupo de Trabalho que reúne representantes de setores do governo municipal e da sociedade civil e que estará encarregado de elaborar a legislação municipal e definir o melhor instrumento jurídico (decreto, projeto de lei) para implementá-la. O decreto 45.658 - Madeira de Origem Legal - Estabelece procedimentos de controle ambiental para a utilização de produtos e subprodutos.
Em 2006 o Decreto Nº 48.075, estabeleceu a obrigatoriedade do emprego de agregados reciclados da construção civil na pavimentação de vias públicas da cidade de São Paulo. No mesmo ano Prefeitura plantou 168.255 novas árvores, compensando cerca de 60% do total das emissões de CO2 emitidos pela Prefeitura de São Paulo, promoveu a criação do Grupo Pró-Ciclista, grupo que trabalha em prol de investimentos para fomentar o uso da bicicleta. A SVMA investiu cerca de 700.000 reais em recursos que foram repassados às Subprefeituras de Parelheiros e Casa Verde, e ainda começou a implantação de ciclovias e ciclo faixas e também para-ciclos pela cidade.
Em 2007 a Portaria 06/2007 institui a compensação das emissões de Gases de Efeito Estufa e o manejo adequado dos resíduos gerados pelos eventos realizados nos parques municipais de São Paulo. O decreto 48.114, de 1 de fevereiro de 2007, cria Grupo de Trabalho visando à instituição de políticas de 'compras verdes' no Município de São Paulo. Esse grupo de trabalho está progredindo e a prefeitura de São Paulo incentiva e muito esse projeto. Entre as principais ações já adotadas pela Prefeitura de São Paulo para priorizar a aquisição de produtos que contribuam com a preservação do meio ambiente está à alteração na lei de licitação do Município. As compras de insumos devem considerar a procedência dos materiais e produtos adquiridos, a preocupação dos fabricantes com os descartes, tecnologias utilizadas na produção e preservação dos recursos naturais.
Eventos neutros em carbono
Todas as nossas ações que consomem ou geram energia resultam em emissões de gases de efeito estufa. Realizar um evento neutro em carbono significa levar isso em consideração e promover medidas antes, durante e depois que compensem as emissões de CO2.
Ao procurar a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente para realizar um evento em um de seus parques, o promotor deverá efetuar o procedimento padrão submeter o evento a análise e, caso aprovado, assinar termo de responsabilidade, no qual constará o compromisso com a neutralização de seu evento e também com a destinação adequada dos resíduos gerados por ele.
Após a realização do evento, deverá apresentar o inventário de emissões de gases de efeito estufa. A partir desses dados o cálculo deverá ser feito por uma instituição especializada. Após os dados serem coletados e analisados a empresa deverá indicar o local e a data da neutralização, retornando posteriormente com registro fotográfico e relatório sucinto do plantio para encerramento do processo junto à Prefeitura.
O calculo é feito através de empresas com experiência no tema. O promotor do evento responde um questionário, a partir do qual será elaborado o inventário destas emissões. A metodologia de cálculo apresenta algumas variáveis, embora utilizem, em todos os casos, parâmetros básicos, que incluem, em maior ou menor grau, os fatores citados.
Feita a conta da quantidade de CO2 equivalente gerada pelo evento, é hora de promover a neutralização dessas emissões. A forma mais comum e usual de compensar as emissões é o plantio de árvores. Entretanto, existem outras formas de neutralização, como ás energias limpas, ex. solar, eólia etc.
Para se proceder de forma adequada deve-se procurar minimizar a produção de resíduos antes da realização do evento com procedimentos simples: Escolha produtos de longa duração no lugar de materiais descartáveis; evite produtos excessivamente empacotados ou com grande quantidade de embalagens, gerando assim uma quantidade menor de resíduos; use iluminação natural sempre que possível e escolha lâmpadas que consumam menos energia; use madeira reaproveitada ou de reflorestamento;
É importante focar que o aquecimento global, como o próprio nome diz, é uma questão planetária, e com isso a neutralização poderá ser feita em qualquer local, contanto que devidamente comprovada. Baseada nisso a Secretaria do Verde fará fiscalização por amostragem. Assim, o cumprimento de qualquer neutralização estará sujeito a fiscalização a qualquer momento. Além disso, as informações relativas à neutralização dos eventos serão disponibilizadas no site da SVMA e constarão do relatório anual, que será amplamente divulgado à imprensa.
Caso aconteça alguma irregularidade o promotor do evento não poderá voltar a fazer eventos nos parques municipais enquanto não promover a neutralização devida e seu nome constará no relatório anual como promotor que não fez sua parte pelo meio ambiente.
Baseado nas informações analisadas pode-se perceber que existe uma grande preocupação de alguns governantes sobre o aquecimento global. O fato é que, a “queda de braço” realizada pelas ONGs esta mostrando grandes resultados. Aos poucos o povo está se conscientizando que plantar arvores, usar o ar condicionado com moderação, reduzir o tempo de banho, evitar deixar computador ligado enquanto não estiver em uso, levar sua própria sacola para fazer compras, usar papel reciclável, usar o seu carro preferencialmente para longas distâncias entre outros, são saídas para uma prevenção consciente. O apoio e o incentivo das prefeituras destacando a de São Paulo estão sendo fundamental para essa mobilização a favor da preservação ambiental.
Referências de complementação do resumo.